Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 13, a Polícia Civil detalhou que a investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu que o assassinato do advogado criminalista José Leal de Souza Rodrigues Junior foi arquitetado pela esposa e uma amiga dela. O crime, ocorrido em 18 de outubro, teria motivações relacionadas a desconfianças conjugais e questões financeiras ligadas a um possível divórcio.
Conforme a delegada Juliana Alcoforado, diretora do DHPP, a vítima desconfiava de um relacionamento da esposa com pessoas próximas e chegou a confrontá-la na noite anterior ao crime. “A vítima tinha fortes suspeitas e tentava flagrar a esposa, resultando em uma discussão,” destacou.
O diretor do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Dernival Eloi, apontou que havia também uma disputa financeira. “Os interrogatórios indicaram que o divórcio e suas implicações foram motivos do crime”, afirmou.
Imagens de câmeras de segurança mostraram que os autores tinham conhecimento da rotina de Rodrigues Junior. “Veículos envolvidos no crime pararam em frente ao prédio no momento em que a vítima saía para comprar um açaí, solicitado pela esposa”, detalhou Alcoforado.
Rosane Rodrigues, irmã da vítima, agradeceu a rapidez na investigação. “Ele era uma pessoa maravilhosa e sequer imaginava morrer em uma emboscada armada dentro de casa. A justiça precisa ser feita”, declarou.
Investigação descarta crime organizado
Segundo o diretor do Cope, as autoridades consideraram uma possível retaliação do crime organizado devido à atuação profissional da vítima, mas a hipótese foi descartada. “Elucidamos que não se tratava de uma ação do crime organizado”, afirmou Eloi.
Buscas por foragidos
A polícia segue em busca de dois suspeitos foragidos, um deles já identificado e com imagem divulgada. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo Disque-Denúncia (181).
Fotos: SSP/SE
Por: Imprensa1