O Dia Mundial da Hemofilia, celebrado neste 17 de abril, marca um período de reflexão e ação em benefício do paciente hemofílico. Para marcar a data, o Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) elaborou uma programação direcionada a pacientes hemofílicos, com a realização de palestra sobre a importância da adesão ao tratamento. O evento acontecerá no próximo dia 24/05, às 8 horas, no auditório do hemocentro.
A ação tem como finalidade a promoção da conscientização sobre a doença, seu tratamento e forma de vida saudável que o hemofílico pode ter ao seguir as orientações médicas. “Este ano, faremos uma atividade para estimular a adesão e monitoramento do tratamento feito em domicílio e no hemocentro”, informou a gerente do Ambulatório do Hemose, Juliana Silva Nascimento.
Referência em Sergipe no tratamento para hemofílicos, o Ambulatório do Hemocentro atende 358 pacientes, sendo 112 com hemofilia tipo A, 14 hemofilia tipo B e 232 tipo Von Willebrand. Esse atendimento, feito por equipe multiprofissional, conta com médicos, hematologistas, pediatras, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, assistentes sociais, dentistas e psicólogos, que fazem o acompanhamento desses pacientes. O Hemose também é responsável pelo recebimento e dispensação do medicamento, fator de coagulação, distribuído de forma gratuita pelo Ministério da Saúde (MS) para o tratamento dos hemofílicos.
Hemofilia
A hemofilia é um distúrbio genético que afeta uma das proteínas do sangue, impedindo a coagulação e causando sangramentos repetitivos, principalmente nas articulações. O diagnóstico da patologia é feito por meio do exame dosagem de fator, que identifica a presença, ou não, do fator de coagulação em menor quantidade no organismo do paciente. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS) a hemofilia é considerada uma enfermidade rara, que atinge mais de 13 mil pessoas no Brasil, a maioria homens.
Fator de coagulação
De acordo com a médica oncohematologista e assessora técnica do Hemose, Lourdes Alice Marinho, o que diferencia os tipos de hemofilia é o fator de coagulação, VIII ou IX, que o organismo deixa de produzir naturalmente. “Uma boa parte dos casos do distúrbio têm origem hereditária e outra parte são casos isolados, sem histórico familiar, que pode ocorrer durante a formação do código genético, quando há uma mutação no gene codificador do fator, que altera a produção sanguínea”, explica a médica.
Atendimento
O Hemose atende os portadores de hemofilia que são encaminhados por meio da rede de saúde. O atendimento ambulatorial funciona de segunda a sexta, das 7h às 16h. As consultas com médicos hematologistas para controle dos sangramentos internos, são feitas regularmente, a depender da avaliação médica o paciente também é acompanhado por fisioterapeuta, psicólogo, dentista, dentre outros profissionais. Mais informações nos telefones (79) 3225-8000 e 8006.
Fonte: Ascom/SES