O cantor e compositor pernambucano Dominguinhos, conhecido como “rei da sanfona”, morreu às 18h desta terça-feira, dia 23, aos 72 anos, em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas.
Ele estava internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Considerado um dos principais nomes do forró, o músico gravou sucessos como “De Volta pro Aconchego” e “Eu Só Quero um Xodó” durante uma carreira de mais de cinco décadas.
Dominguinhos foi internado em 17 de dezembro , no Hospital Santa Joana, no Recife, com quadro de infecção respiratória e arritmia cardíaca. Em 13 de janeiro, foi transferido para o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde o tratamento passou a ser liderado pelo oncologista que o acompanhava havia seis anos, desde que recebeu o diagnóstico de tumor pulmonar.
Nascido em Garanhuns no dia 12 de fevereiro de 1941, José Domingos de Moraes começou a carreira ainda na infância, tocando sanfona de oito baixos no grupo Os Três Pinguins, que formou com dois irmãos. Na adolescência, mudou para o Rio de Janeiro e procurou Luiz Gonzaga, o rei do baião, que lhe dera seu endereço anos antes.
Dominguinhos, na época apelidado de Neném do Acordeon, tornou-se herdeiro musical de Gonzaga, morto em 1989. Sucessos Em 1964 Dominguinhos lançou o primeiro de cerca de 30 álbuns, “Fim de Festa”. Onze anos depois gravou “Eu Só Quero um Xodó”, que ganhou versões em diversas línguas.
Durante a carreira, fez parcerias com músicos como Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Chico Buarque, Djavan e Elba Ramalho, intérprete de “De Volta pro Aconhego”. Outros sucessos incluem “Isso Aqui tá Bom Demais”, “Tenho Sede”, “Lamento Sertanejo” e “Tantas Palavras”. Entre os prêmios que recebeu está o Grammy Latino de melhor álbum regional, em 2002, por “Chegando de Mansinho”.
Em 2010, foi homenageado pelo Prêmio Shell de Música e se apresentou em um show no Rio de Janeiro com convidados como Elba, Gil e Marcelo Mimoso. Também participou do documentário “O Milagre de Santa Luzia” , de Sergio Roizenblit, no qual conduziu uma viagem pelo Brasil que toca sanfona.
Em 2011, quando o filme foi lançado em DVD, Dominguinhos comemorou a “redescoberta” do instrumento. “Nunca se vendeu tanta sanfona, e é um instrumento caro”, disse, ao iG .
Ele lamentou o fato de o Brasil não valorizá-la o suficiente, mas se mostrou otimista. “Mas estão descobrindo no Brasil também.
DISCOGRAFIA – DOMINGUINHOS
1964 – “Fim de Festa”
1965 – “Cheinho de Molho”
1966 – “13 de Dezembro”
1973 – “Festa no Sertão”
1973 – “Lamento de Caboclo”
1973 – “Tudo Azul”
1974 – “Dominguinhos e seu Acordeon”
1974 – “Forró de Dominguinhos”
1976 – “Domingo, Menino Dominguinhos”
1977 – “Oi, Lá Vou Eu”
1978 – “O Xente! Dominguinhos”
1979 – “Após Tá Certo”
1980 – “Quem me Levará Sou Eu”
1981 – “Querubim”
1982 – “A Maravilhosa Música Brasileira”
1982 – “Dominguinhos e sua Sanfona”
1982 – “Simplicidade”
1983 – “Festejo e Alegria”
1985 – “Isso Aqui Tá Bom Demais”
1986 – “Gostoso Demais”
1987 – “Seu Domingos”
1988 – “É isso Aí! Simples Como a Vida”
1989 – “Veredas Nordestinas”
1990 – “Aqui Tá Ficando Bom”
1991 – “Dominguinhos É Brasil”
1992 – “Garanhuns”
1993 – “O Trinado do Trovão”
1994 – “O Choro Chorado”
1994 – “Nas Quebradas do Sertão”
1995 – “Dominguinhos É Tradição”
1996 – “Pé de Poeira”
1997 – “Dominguinhos e Convidados Cantam Luiz Gonzaga”
1998 – “Nas Costas do Brasil”
1999 – “Você Vai Ver O Que É Bom”
2001 – “Dominguinhos – Ao Vivo”
2001 – “Lembrando de Você”
2002 – “Chegando de Mansinho”
2005 – “Elba Ramalho e Dominguinhos”
2007 – Yamandu + Dominguinhos”
2008 – “Conterrâneos Dominguinhos”
2009 – “Dominguinhos Ao Vivo”
2010 – “Yamandu + Dominguinhos: Lado B”
2010 – “Iluminado Dominguinhos”
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