Datado de 1975, quando foi construído para ser uma biblioteca, o Palácio Carvalho Neto, na praça Fausto Cardoso, Centro de Aracaju, é o atual endereço do Arquivo Público do Estado de Sergipe (Apes), vinculado à Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc).
O prédio em estilo arte déco, que transmite sobriedade e singeleza, é apenas a mais recente morada da instituição, que tem por objetivo preservar a memória do Estado. Ao longo de seus 100 anos, celebrados neste domingo, 15 de outubro, o Apes já teve vários domicílios, mas se fixou, há 48 anos, na praça onde ficam os Três Poderes Estaduais (Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça e o Palácio Olímpio Campos, antiga sede do Poder Executivo, hoje palácio-museu). No final deste mês, haverá uma sessão solene na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) que marcará o centenário da instituição.
Cumprindo um de seus papeis – o de disponibilizar e publicizar informações do Estado -, o Arquivo Público recebe visitas diariamente, em especial as excursões promovidas pelas escolas, além de professores, pesquisadores ou qualquer indivíduo minimamente interessado em resgatar sua história, a exemplo de um senhor que, em 2019, anexou ao processo de cidadania portuguesa uma lista de votantes do ano de 1874 e encontrou na relação o registro de um parentesco suficiente para comprovar sua origem luso-portuguesa.
Por meio da preservação de documentos do Poder Executivo, como correspondências oficiais, Leis, Decretos, documentos da burocracia estadual, mapas, fotografias, jornais, peças teatrais, composições, entre tantos outros documentais que ajudam a contar a história de Sergipe, o Arquivo Público é considerado peça fundamental da identidade sergipana.
Fotos: Erick O’Hara