Seguindo as orientações das centrais sindicais e do Comando Nacional dos Bancários, a assembleia dos bancários e bancárias do Estado de Sergipe deliberou pela adesão da categoria à Greve Geral, do dia 30, contra as reformas trabalhista e previdenciária. A assembleia aconteceu na noite desta quinta-feira(22), às 19h, na sede Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE).
Na abertura da assembleia, a presidenta do SEEB/SE, Ivânia Pereira ressaltou a derrota do presidente Michel Temer na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), de tentativa de supressão dos direitos trabalhistas. Ivânia parabenizou o voto determinante do senador sergipano Eduardo Amorim, para a derrota do governo na votação da reforma trabalhista, no último dia 20. “Aqui em Sergipe, estamos reconhecendo publicamente a importância do voto do senador Eduardo Amorim. Vamos reforçar nossa resistência e denunciar aqueles parlamentares que continuam ajudando a usurpar os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Quem votar contra os nossos direitos consagrados não deverá ser eleito, a nenhum outro mandato”, disse Ivânia Pereira.
A primeira derrota de Temer na reforma trabalhista foi relativa ao relatório de Ricardo Ferraço (PSDB-ES), rejeitado por 10 votos a 9 na Comissão de Assuntos Sociais/Senado. Antes do início da sessão, o Planalto contava com a aprovação do texto por 11 votos a oito, pelo menos.
Ainda quanto à reforma trabalhista, os bancários demonstraram esperança na tramitação do relatório do senador Paulo Paim, que assegura os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “Precisamos manter a pressão sobre o Senado Federal contra a reforma trabalhista de Temer”, afirmou Ivânia Pereira.
Nacionalmente e em cada canto do País, as centrais sindicais estão nesse processo de convencimento para que os senadores se manifestarem contrários ao desmonte o desmonte da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e do sistema de previdência brasileiro.
A Greve Geral do Dia 30 é organizada pelas centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Juntos, o País se agita com ações do Junho de Lutas, jornada de manifestações, panfletagens e assembleias para informar a classe trabalhadora sobre os riscos de perda de direitos sociais, previdenciários e trabalhista. “A derrota de Temer é o resultado dessa jornada de lutas. Estamos no caminho certo e não podemos vacilar. Da nossa parte, vamos convencer dentro das agências cada bancário e bancária a participar da greve de junho. Ela tem de ser ainda maior do que a do dia 28 de abril”, defendeu a presidenta do SEEB/SE.
Por Déa Jacobina. Ascom SEEB/SE