A Delegacia de Defraudações, do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), alerta sobre os cuidados que se deve ter no tocante às ofertas e à segurança dos sites para não se tornar vítima de golpes praticados por estelionatários do mundo digital.
De acordo com os dados da Polícia Civil, somente neste ano, de 1º de janeiro a 31 de outubro, foram 2.407 registros de casos de estelionato no ambiente virtual. Desses, 2.039 foram consumados, sendo 1.125 em Aracaju e 914 nos demais municípios. No ano passado, foram 465 casos, com 416 crimes consumados, dos quais 284 na capital e 132 nos demais municípios. O levantamento aponta um aumento de 418% na incidência de golpes de estelionato envolvendo a internet.
A delegada Suirá Paim detalhou que é primordial observar a confiabilidade do site antes de prosseguir a pesquisa de produtos na internet. “Compre apenas em sites confiáveis, bem conceituados no mercado. Pesquise a reputação da empresa em ferramentas como https://consumidor.gov.br/ ou https://www.reclameaqui.com.br/, ou mesmo através dos comentários publicados em redes sociais”, explicou.
Nos casos de empresas de menor porte, a delegada orientou que elementos como o registro do site e o endereço da empresa podem ser verificados em consultas na própria internet. “Consulte o CNPJ, endereço e telefone de contato. Também é possível tentar visualizar a loja através do Google Street View, para ter a certeza que não se trata de uma empresa de fachada”, mencionou a delegada.
Além desses cuidados, a observação do endereço eletrônico do site também contribui para a identificação de links falsos, conforme demonstrou Suirá Paim. “Confira o domínio do site (URL), lendo com atenção o que exatamente está escrito na barra de endereço do navegador de internet, pois uma tática comum é mudar apenas um caractere. Nesse caso, o site apresentará o mesmo layout, a mesma tela, utilizada por alguma empresa, mas isso não significa que pertence a ela”, indicou.
Aplicativos e redes sociais
A Polícia Civil também destacou que as ofertas que aparecem nas redes sociais podem remeter às páginas falsificadas, criadas pelos estelionatários do mundo digital, assim como mencionou a delegada Suirá Paim. “Evite clicar em links de ofertas recebidas por e-mail, WhatsApp, redes sociais ou SMS. Acesse a página oficial da loja, digitando o domínio do site na barra de endereço do navegador e procure a oferta desejada. Na dúvida, é possível verificar a confiabilidade do link no site https://www.psafe.com/dfndr-lab/pt-br/ . Prefira efetuar a compra através do aplicativo mobile desenvolvido pela empresa, caso exista”, evidenciou.
Descontos e pagamentos
Suirá Paim salientou que é preciso ficar atento aos detalhes também na hora do pagamento, mesmo após conferir detalhes de autenticidade do site. “Caso opte por efetuar o pagamento através de boleto bancário, após fazer a leitura do código de barras, antes de inserir a senha e autorizar a transação, confira qual a empresa favorecida pelo pagamento. No caso de cartão de crédito, prefira utilizar número de cartão virtual, específico para compras on-line”, instruiu.
A delegada Lauana Guedes orientou que, além da confiabilidade das condições de pagamento, é necessário atenção aos valores dos produtos. “A Black Friday inaugura a temporada de compras natalícias, com significativas promoções em diversas lojas, e é muito importante para o comércio on-line. As pessoas precisam ter cuidados em relação aos descontos maquiados, ou seja, as lojas aumentam os preços para anunciá-los por um preço menor na Black Friday, fazendo com que os consumidores acreditem que estão fazendo um bom negócio. O Procon/SE faz o monitoramento para evitar fraudes”, complementou.
Denúncias
As vítimas de estelionato no ambiente virtual devem procurar uma unidade policial e também entrar em contato com a instituição financeira para comunicar a fraude. Além disso, o Procon/SE também recebe denúncias sobre descumprimentos ao Código de Defesa do Consumidor (CDC). “Entre em contato com o banco ou com a administradora de cartão de crédito para informar a fraude e solicitar estorno do pagamento, bem como informações sobre identidade da pessoa favorecida pelo pagamento efetuado por você. E procure a delegacia mais próxima para registrar o boletim de ocorrência, levando todas as provas do crime cometido”, pontuou a delegada Suirá Paim.
Foto e Fonte: SSP/SE