O índice oficial de inflação do país em junho registrou queda de 0,23% nos preços, divulgou o IBGE nesta sexta-feira (7).
Denominado deflação, o movimento de queda de preços não ocorria no Brasil desde junho de 2006. O resultado veio mais robusto do que esperavam os analistas consultados pela agência Bloomberg, que esperavam queda de 0,18% no mês.
O país vive um movimento de redução acelerada da inflação em função, principalmente, da crise econômica e do desemprego que desestimulam o consumo, e também de uma melhora significativa nas safras agrícolas.
Além da questão conjuntural, contribuíram pontualmente para a deflação a queda de 0,77% no índice de habitação, que verifica os custos que incidem sobre os lares, como serviços públicos, alugueis e condomínios.
A energia elétrica, com queda de 0,20 ponto percentual no indicador de habitação, contribuiu mais fortemente para o recuo. Das regiões pesquisadas, apenas o Recife não teve queda de preço na tarifa em junho.
O movimento decorre da mudança das bandeiras tarifárias no sistema de cobrança de energia -passou da bandeira vermelha, mais cara, para a verde, mais barata. Há a expectativa de que em julho a energia possa voltar a subir em algumas áreas, devido, por exemplo, aos reajustes de tarifas das distribuidoras de energia.
Alimentação e bebidas, indicador que teve queda de 0,50%, e os transportes, com queda de 0,52%, contribuíram para o indicador.
No acumulado em 12 meses, o índice ficou em 3%, abaixo da meta oficial do governo, de 4,5%. Desde abril deste ano que o índice acumulado vem mais baixo da meta- algo que não ocorria desde agosto de 2010.
Os resultados recentes motivaram o governo a reduzir a meta anual de inflação para 4,25%, a ser perseguida a partir de 2019.
Reproduzido por: imprensa1.com
Foto: https://static.noticiasaominuto.com.br/stockimages/1370×587/naom_5673f2071a4bf.jpg?1499432149