Para falar sobre as contribuições da Universidade Federal de Sergipe (UFS), nos 45 anos da instituição, a Câmara Municipal de Aracaju (CMA) realizou Sessão Especial, nesta segunda-feira, 13/5, com o magnífico reitor Angelo Roberto Antoniolli. A sessão foi requerida pelo vereador e professor Iran Barbosa (PT). Em seu discurso, o reitor agradeceu pela oportunidade em estar na Casa do Povo, com os representantes dos aracajuanos, para falar sobre a história da universidade e o que está se pensando para o futuro da instituição.
“Para mim é uma honra e uma satisfação poder estar na Casa do povo de Aracaju para falar dos nossos anseios, do que pensamos e acreditamos para os próximos anos da Universidade Federal de Sergipe”, disse. Antoniolli destacou a importância de envolver a UFS mais socialmente, aproximando mais a instituição da população, fazendo com que a universidade tenha mais “pertencimento” por parte da sociedade sergipana.
“É preciso uma cumplicidade maior entre sociedade e universidade para que ela seja cada vez mais forte. E a nossa maior bandeira hoje é essa interação maior com a sociedade, é buscar mais a sergipanidade e uma maior envolvimento dos nossos 1.400 professores e 900 doutores na resolução dos problemas de Sergipe, para que sejamos referência de universidade sergipana para os sergipanos”, colocou.
Fazendo um balanço da UFS nos seus 45 anos, Angelo Antoniolli disse que há muito ainda por fazer, mas que a instituição tem muito a comemorar. “É importante pra gente olhar para uma universidade que há seis anos tinha 10 mil alunos, oito programas de Mestrado e um deDoutorado; e hoje temos 31 mil alunos, 30 programas de Mestrado e dez de Doutorado, e que além do campus de Aracaju, hoje conta com campis em Itabaiana, Laranjeiras e Lagarto”, apontou.
Segundo Antoniolli, este avanço é resultado do programa de reestruturação das universidades federais estabelecido pelo Governo de Lula e que tem tido continuidade no Governo Dilma. “E que foi bastante estimulado em Sergipe pelo governador Marcelo Déda, além da nossa bancada federal, que tem sido muito generosa com a UFS, na percepção de que, sendo a única universidade pública do estado, ela tem compromisso com a sociedade sergipana e precisa de todos os esforços para atender esse compromisso”, explicou.
Por fim, o reitor da UFS pediu todo o apoio dos vereadores de Aracaju à UFS, como instituição pública que forma os quadros que desenvolvem cada vez mais a capital sergipana e todo o estado. “Defendam a causa da Universidade Federal de Sergipe, porque a UFS será do tamanho dos nossos sonhos, dos nossos esforços e do nosso trabalho”, enfatizou.
Balanço e presença
O vereador Iran Barbosa, autor do requerimento para a sessão especial, destacou que o convite ao reitor Angelo Antoniolli foi no sentido de que, em meio à comemoração dos 45 anos da UFS, ele pudesse vir à Câmara trazer um balanço da presença da universidade em Sergipe e colocar para os vereadores a realidade dessa presença.
“Estamos comemorando 45 anos da presença da UFS em nosso estado, presença esta que trouxe marcas importantes, de uma formação mais elevada para o povo de Sergipe. Depois da UFS, tivemos, sem sombra de dúvidas, um avanço significativo na formação de quadros técnicos da sociedade sergipana. E fazendo um balanço desses 45 anos, sabemos que Sergipe hoje vive uma outra realidade, associada à presença e a contribuição da UFS e dos seus quadros, do corpo docente, dos projetos e programas que a universidade desenvolveu em Sergipe e para os sergipanos”, externou Iran.
Para ele, o balanço trazido pelo reitor e também pelo que se verifica em nível nacional, mostra que é significativa o avanço da presença das universidades federais, tanto no ponto de vista quantitativo como qualitativo, nos vários estados da federação e que cumprem um papel fundamental na formação da sociedade e no desenvolvimento econômico e social nesses estados.
“Vemos o que era o atendimento da universidade antes do governo Lula e o que passa a ser após seus oito anos de governo, e que continua tendo desdobramentos neste momento. Percebe-se uma diferença substantiva”, lembrou.
Destacando Sergipe, Iran Barbosa recordou que, quando ingressou no curso de História da UFS, em 1984, eram pouco mais de 1.100 vagas disponíveis. “Hoje, esse número cresceu exponencialmente, resultado de uma política de ampliação do atendimento à população, que veio com o governo Lula. A democratização do acesso à universidade pública é um processo que vem ajudando a qualificar cada vez mais o desenvolvimento humano, intelectual, científico e tecnológico em nosso país”, ressaltou.
“Portanto, temos que perseguir a continuidade de um projeto que garanta que a universidade federal consiga penetrar cada vez mais no interior do nosso estado, que ela atenda cada vez mais os estudantes que estão longe dos grandes centros, mas sem perder de vista a qualidade que sempre caracterizou o ensino superior das universidades federais. Temos que primar muito por isso”, enfatizou o vereador petista.
Foto: reitor da UFS – Andressa Barreto
