A Jornalista Juliana Almeida discursou durante a Tribuna Livre, na 38ª Sessão Ordinária, realizada na manhã desta terça-feira, 16, no Plenário Vereador Abrahão Crispim. A representante do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (Sindijor) reforçou a importância da luta dos jornalistas brasileiros pela reconquista da obrigatoriedade do diploma para atuação profissional em todo território nacional e sobre a aprovação do PL 2630/2020, que visa instituir a “Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet”.
Juliana Almeida iniciou o seu discurso informando a atual situação dos jornalistas no mercado de trabalho. “Em 2009, o Supremo Tribunal aprovou que não há necessidade do diploma do jornalista. Uma luta que vai completar 14 anos, que concede DRT para pessoas sem formação devida. Jornalismo não é só literatura, jornalismo é técnica, anos de formação. Nós vivemos essa agonia de ver o mercado de trabalho ocupado por pessoas que têm prática, mas não têm formação”, ressaltou.
Ainda segundo Juliana, a formação possibilita os princípios do jornalismo, entender a necessidade da sociedade, a ética e o olhar crítico. “Com jornalistas devidamente diplomados, quem ganha é a sociedade, porque quem nos dá essa valorização e profissão intelectual é o diploma, a formação. Por isso, eu peço que só contratem jornalistas diplomados.
Na oportunidade, a representante explicou sobre o Projeto de Lei 2630/2020, mais conhecido como ‘PL das Fakes News’, cujo objetivo é regulamentar e fiscalizar as atividades das plataformas digitais. “O foco desse projeto é a transparência, pois quando falamos Fake News não é apenas uma mentira, mas sim uma rede de pessoas que ganha dinheiro com o compartilhamento de notícias falsas. O PL não trata de sites de conteúdos jornalísticos, mas das redes sociais e serviços de mensagerias”, frisou.
Apartes
O vereador Professor Bittencourt (PDT) reafirmou o compromisso com os profissionais da área jornalística. “O jornalista precisa trabalhar com uma infinidade de questões e a técnica possibilita que o profissional execute com excelência, porque a comunicação não é apenas espalhar, a comunicação é respeito.
Anderson de Tuca (PDT) reforçou como é essencial ter um profissional diplomado. “Ter um jornalista, que, de fato, pode auxiliar, porque sem aquele jornalista é muito difícil conduzir a verdade, a informação. O jornalista precisa ter esse reconhecimento.
Emília Corrêa (Patriota) enfatizou a importância do diploma para todas as profissões. “Não acho justo para aqueles que cursaram, se preparam profissionalmente. Os jornalistas diplomadas investiram, isso vale para todas as profissões. Estamos juntos na questão da PEC do diploma e precisamos analisar as questões do PL 2630. Transparência nunca é demais. Jornalista tem que ter independência”, afirmou.
A parlamentar Professora Ângela Melo (PT) se solidarizou com a causa. “O piso do jornalista, que é de 2270 reais, é uma vergonha. Por que os outros exercem a profissão do jornalista sem ter preparo para isso? Escrever conto, história, biografia, alguns podem fazer, mas a profissão do jornalista traz a carga de um conhecimento específico, por isso estamos aqui na luta”, destacou.
Ricardo Marques (Cidadania) comentou sobre as dificuldades da profissão e a necessidade dos jornalistas no parlamento. Pastor Diego (PP) destacou a importância dessa discussão. “É uma pauta mais que justa e necessária, vocês podem contar com o nosso apoio. Com o avanço da tecnologia, tivemos muitos progressos, mas o jornalista foi uma das profissões mais afetadas.
Por: Agência Câmara Aracaju