Depois de seis meses de investigação, policiais civis da a 5ª Divisão do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com o auxílio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), deflagraram na tarde desta sexta-feira, dia 23. Uma operação que resultou no fechamento de uma clínica clandestina de abortos.
O local funcionava há mais de quinze anos em uma residência situada localizada no conjunto Eduardo Gomes, em São Cristóvão. Na oportunidade foi presa em flagrante Nicelda Francisca dos Santos, 49 anos. “Ela foi detida logo após realizar um procedimento clandestino de aborto em uma mulher identificada como Claudia Regina dos Santos, 33 anos, que também foi autuada em flagrante, mas foi solta após pagamento de fiança”, explicou a delegada Rosana Freitas.
Ainda segundo a delegada, as duas mulheres estavam na residência onde os procedimentos eram constantemente realizados. No local os policiais encontraram diversos instrumentos ligados à prática criminosa como pinças cirúrgicas, seringas, sondas, agulhas, medicamentos, luvas e gazes.
“Nicelda ‘herdou’ a prática criminosa da sogra que já faleceu e provocou abortos por anos sem nunca ter sido presa. Ela era conhecida na região pelas práticas ilícitas. Nos procedimentos Nicelda afirmou que introduzia uma sonda nas gestantes através do canal vaginal e provocava a morte do feto que era expelido dias depois”, pontuou Rosana.
Durante depoimento Nicelda confessou o crime e ainda informou que cobrava quantias que giravam entre R$ 800,00 e R$ 2.500,00 a serem definidas de acordo com o poder aquisitivo das gestantes.
“No caso de Claudia, por exemplo, como ela não tinha dinheiro em espécie, Nicelda aceitou receber uma máquina de lavar roupas como pagamento pelo aborto. Por coincidência, o objeto foi entregue na casa da investigada quando a equipe fazia as buscas e, como tinha relação com o crime, foi apreendido e levado para a delegacia”, pontuou a delegada.
“Após a lavratura do flagrante, as investigações terão continuidade, para que outras gestantes sejam identificadas e outras provas sejam constituídas”, finalizou Rosana.
O site Imprensa1 ainda tentou falar com a acusada, mas ela, se negou a dar entrevista à imprensa
Por: Imprensa1
Fonte e foto : SSP/SE