Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês), 229 crianças palestinas morreram na Faixa de Gaza desde o início da mais recente onda de ataques de Israel contra a região, em 7 de julho, incluindo tanto os bombardeios aéreos quanto a ofensiva por terra.
Além disso, o órgão contabiliza até aqui 1.065 vítimas no território, incluindo 795 civis e 118 mulheres. No entanto, o balanço contempla dados referentes até a última segunda-feira (28), por isso não abrange as mais de 100 mortes registradas nesta terça (29). Do lado israelense, morreram 46 pessoas (44 militares) desde o começo do conflito.
O Ocha também apontou que pelo menos 22 hospitais, clínicas e centros médicos de Gaza foram danificados durante os bombardeios e que 215 mil indivíduos ficaram desabrigados. A ofensiva israelense foi deflagrada sob o argumento de combater o grupo fundamentalista Hamas, que é acusado pelo governo de Benjamin Netanyahu de matar três jovens seminaristas judeus na Cisjordânia.
Exatos 10 dias depois, em 17 de julho, o Exército decidiu invadir Gaza por terra para destruir túneis utilizados pelo movimento islâmico. Desde então, o número de mortos explodiu, saindo de pouco mais de 200 no dia 16 para os mais de mil de agora. Nos últimos dias, os dois lados recusaram diversas tréguas propostas por mediadores internacionais, com exceção de um breve cessar-fogo humanitário no último final de semana.
Nesta terça, o líder das Brigadas Ezzedeen Al-Qassam (braço armado do Hamas), Mohammed Deif, disse que a organização não aceitará uma paralisação do confronto enquanto Israel não interromper as agressões e o assédio contra o território palestino, referindo-se ao bloqueio econômico imposto à Gaza.
Fonte: Portal UOL
Foto: Ibraheem Abu Mustafa/REUTERS)