O investimento em tablets e chips com pacotes de dados, de modo a viabilizar o ensino remoto na rede pública, deve ser considerado pelos gestores ao elaborarem o orçamento para 2021. A orientação é da conselheira Susana Azevedo, que voltou a lembrar do impacto da Covid-19 na área da educação ao presidir a sessão da Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE), nesta terça-feira, 11.
Conforme a conselheira, as maiores dificuldades vivenciadas pelos alunos da rede pública decorrem da falta dos meios necessário para o acesso às aulas pela internet. “Muitos estudantes estão passando por um verdadeiro apagão, sem acesso a qualquer conteúdo educacional, principalmente pela falta de computadores e acesso à internet”, comentou.
Segundo ela, o momento serve de lição para que as gestões assegurem esse investimento ao definirem o orçamento do próximo ano. “Até porque as aulas não irão voltar 100% na modalidade presencial, então o aluno que ficar em casa precisa ter condições de dar continuidade aos estudos”, acrescentou.
No Pleno da última quinta-feira, 6, o conselheiro-presidente, Luiz Augusto Ribeiro, definiu junto ao colegiado que cada Coordenadoria de Controle e Inspeção (CCI) do Tribunal vai verificar como os municípios sob sua responsabilidade estão ofertando educação em meio à pandemia.
“Cada conselheiro, na sua respectiva área, fará esse levantamento e depois organizaremos esse apanhado da situação da educação em Sergipe durante a pandemia”, colocou.
Transição e educação
Ainda na Primeira Câmara do TCE, outro aspecto lembrado pelo procurador João Augusto Bandeira de Mello, do Ministério Público de Contas (MPC), diz respeito à transição de mandatos na área da educação.
“É importante ter uma transição também na área da educação. Os atores envolvidos devem debater o que foi priorizado, o que foi feito feito nesses quatro anos e o planejamento para os próximos quatro”, concluiu.
Por DICOM/TCE