O coordenador e responsável pelas categorias de base do time sergipano do Botafogo “Botafogo Associação Sergipana de Futebol” da cidade de Cristinápolis, Ednailton Lopes, foi denunciado à polícia de Sergipe por abuso sexual contra atletas do clube que possuem idades de15 à 23 anos.
O fato chegou ao conhecimento da polícia na semana passada através de Gaspar Osvaldo da Silva Neto, advogado de um atleta do Botafogo que não foi vítima, mas soube através de seus colegas de clube. Eles teriam feitos os relatos ao colega que de imediato acionou o seu advogado para pedir ajuda.
Segundo a investigação policial, o atleta foi passando para seu advogado os relatos ditos pelos colegas e prints de conversas do coordenador com os jovens, e como ele tinha uma posição de diretor do clube, se aproveitava do cargo para fazer convites e apelos de cunho sexual aos atletas.
Em um dos relatos que consta no processo investigativo, o suspeito chegou a levar um atleta para onde ele estava hospedado e lá teria acontecido um dos abusos. Com medo de perder a chance de vencer na vida no mundo da bola, os jogadores não fizeram as referidas denúncias a mais tempo. Alguns deles, chegaram até mudar os seus comportamentos perante os seus familiares e amigos.
No alojamento do clube que fica localizado no município de Umbaúba, a polícia civil de Sergipe já realizou buscas e apreensões e que algumas vítimas e testemunhas já foram ouvidas. Segundo o presidente do Botafogo, Osivânio Jesus de Oliveira, o referido coordenador denunciado ” Ednailton Lopes” já foi excluído do quadro de funcionários e que a direção do clube está a inteira disposição da polícia e da justiça no que for preciso.
A nossa produção teve ainda, o pronunciamento da defesa do suspeito.
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O delegado Rafael Brito explicou que a Polícia Civil foi oficiada pelo Ministério Público para que fosse instaurado um inquérito policial. “Existe o princípio da obrigatoriedade. A partir desse ofício, nós iniciamos as investigações. Esse documento possui elementos indicativos de que esses crimes estariam ocorrendo. A partir desse ofício, ficou evidente a necessidade da investigação policial”, revelou.
De acordo com o delegado, foram ouvidas vítimas, suposto autor, funcionários e prestadores de serviço do clube. “A partir dessa informação, o rol de vítimas foi se ampliando. E começamos a ouvi-las. Nem todos confirmaram. Alguns não negaram, outros falaram que não havia nada. Mas ouvimos um número significativo de possíveis vítimas e testemunhas que corroboram a tese de alguns crimes sexuais”, detalhou.
Conforme o delegado, a linha de investigação aponta para a possibilidade da ocorrência de estupro e de assédio sexual. “A Polícia Civil, no momento, não pode afirmar se há ou não crime. Mas esses são os possíveis crimes que estão sendo investigados. As informações colhidas são encaminhadas ao Ministério Público que, caso entenda a necessidade da denúncia, será submetido ao Poder Judiciário”, revelou.
“Mas nós temos informações bastante robustas que esses crimes sexuais vinham ocorrendo. Nós já fizemos o pedido de busca no celular do suposto autor. O aparelho foi apreendido e será encaminhado para a perícia. Outros métodos de investigação ainda serão adotados no procedimento”, acrescentou o delegado Rafael Brito.
Conforme o delegado, o foco das investigações é o de preservar a integridade física e psicológica dos atletas. “A investigação está restrita aos crimes sexuais, que tem causado maior impacto na vida dos atletas. Se eventualmente as oitivas e análises documentais levantarem esses indícios, essas práticas também serão investigadas. Estamos priorizando os crimes sexuias”, pontuou.
Com Informações: SSP/SE