A Central Única dos Trabalhadores presta solidariedade aos jornalistas que foram vítimas de agressão verbal pelo presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) na manhã desta quinta-feira, dia 28 de janeiro, em sua passagem por Aracaju.
Bolsonaro veio a Sergipe para participar da solenidade de abertura de tráfego da nova ponte sobre o Rio São Francisco na BR-101 que une Alagoas a Sergipe. Logo na sua chegada, o jornalista Marcos Couto entrevistou o presidente e questionou sobre a polêmica do leite condensado. Mostrando falta de preparo, agressividade, desrespeito ao jornalismo e numa postura antidemocrática, Bolsonaro novamente agrediu a imprensa dizendo que o leite condensado “é pra enfiar no rabo dos jornalistas”.
A mesma agressão já havia sido feita ontem, durante entrevista que aconteceu num encontro com cantores sertanejos. O ponto de partida para o escândalo do leite condensado foi a publicação do Portal da Transparência revelando que o Governo Federal gastou R$ 15 milhões com o produto no ano passado.
Como chefe do Executivo, Bolsonaro tem a obrigação de responder à imprensa e garantir transparência na sua atuação política, bem como prestar contas a respeito da utilização de verba pública, arrecadada para retornar à população através de serviços públicos nas mais diversas áreas. O uso da verba pública é assunto da imprensa. Diante de um escândalo nacional, é papel do jornalista perguntar e é obrigação do presidente responder com respeito e consideração pela atuação profissional da imprensa.
E é por isso que o exercício da democracia, a transparência sobre o destino da verba pública dependem de uma imprensa forte, ativa e livre para perguntar o que a população brasileira quer saber. O Brasil que está de volta ao Mapa da Fome, agonizando de Covid-19, sem emprego, sem auxílio emergencial e sem previsão do dia em que será vacinado não pode ficar sem resposta.
Fonte: CUT/SE