O XII Congresso Estadual do PSB de Sergipe, realizado ontem, 11, em Aracaju, com a participação do presidente nacional e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não definiu nada sobre candidaturas municipais, porém todas as lideranças do partido e, principalmente os filiados, fizeram questão de demonstrar que em Aracaju a candidatura do partido é irreversível.
Só resta definir quem será o candidato, entre os deputados Adelson Barreto (estadual) e Valadares Filho (federal). O próprio Eduardo Campos deixou claro, de forma elegante, que deseja que o PSB tenha candidatos em todas as capitais.
Ele deseja fortalecer o partido e também seu nome porque é cotado para ser candidato a vice-presidente tanto do lado da situação, como da oposição, se o candidato for Aécio Neves.
Eduardo Campos não descarta também uma candidatura a presidência da República. “Não é estilo do partido impor candidatura a ninguém, mas também ninguém pode impor candidatura ao PSB”, disse Eduardo Campos.
Já os discursos do senador Valadares e do deputado Valadares Filho, foram de defesa da unidade da aliança que elegeu o governador Marcelo Déda, mas ao mesmo tempo defenderam o fortalecimento do PSB em Sergipe.
O governador também deu o tom da unidade, mas ele sabe que antes tem de resolver a disputa na própria casa: o PT está dividido e o grupo que sair vencedor da disputa, seja o de Rogério, seja o de Silvio Santos ou de Ana Lúcia, dificilmente conseguirá juntar os cacos do partido em Aracaju.
A disputa interna extrapolou a barreira do chamado centralismo democrático, onde todos seguem a decisão da maioria. Neste caso, a decisão da maioria fará com que os derrotados cruzem os braços em Aracaju.
O certo é que a aliança que elegeu Déda em 2010 terá no mínimo dois candidatos a prefeito. De um lado o do PT, com o PMDB indicando o vice, neste caso o preferido de Jackson é o vereador Robson Viana.
Do outro o PSB, Edvaldo Nogueira e o grupo de Amorim. Neste caso um detalhe curioso: a chapa Valadares Filho, prefeito e Adelson, como vice agrada muita gente e é tida como puro sangue apenas no papel, porque os irmãos Amorim tem verdadeira admiração por Adelson Barreto que sempre foi correto com o seu grupo.
E para quem pensa que tendo as duas candidaturas, a do PT e a do PSB em Aracaju, o rompimento acontecerá, uma convicção: Déda, Jackson, Valadares e os irmãos Amorim estarão no mesmo palanque em 2014.
Um precisa do outro e o discurso mais ferrenho hoje é por consolidação de espaço,normal na política. Déda sabe que toda configuração partidária que está se fechando para 2012 em Aracaju não respingará na possível candidatura dele ao Senado. Até porque o principal responsável por esta configuração não é o grupo dos Amorim, não é Valadares e muito menos Jackson Barreto.
O principal responsável é Marcelo Déda Chagas que tem um conselho político só no papel, ou melhor, nem no papel, só nos discursos. E todas as lideranças não estão pecando quando procuram fortalecer seus projetos. “Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. Tem frase mais atual do que essa, de Magalhães Pinto, político mineiro que ocupou diversos cargos, falecido em 1996.
Por: Cláudio Nunes, jornalista / Fonte: www.nenoticias.com.br e Fotos : imprensa1.com