O projeto “Defensoria Pública e Ouvidoria nas Escolas” contemplou 20 escolas públicas, reunindo cerca de 80 a 200 alunos em cada palestra. Temas como motivação e autoestima, uso de drogas, prática de bullying, violência nas escolas, o papel da Defensoria Pública e Ouvidoria Geral, entre outros, foram ministrados todo o ano pelas psicólogas Syrlene Besouchet e Juliana Passos, a assistente social Maria das Graças Ribeiro, técnicos da Ouvidoria, além de contar com a participação de professores e diretores de escolas. Segundo a pedagoga e técnica da Ouvidoria Geral, Maria José Aragão, a ação visa contribuir para a formação cidadã dos alunos. “Essa parceria foi importante não só para as duas instituições, como também para as escolas que viram a necessidade de se somar para reduzir a evasão escolar e proporcionar aos estudantes autoestima para que eles tenham um futuro promissor.
A importância dessa parceria consiste também na divulgação das duas instituições, que são fundamentais para o fortalecimento do regime democrático, uma vez que o cidadão precisa saber que esses órgãos existem e o seu papel na sociedade”, destacou.
Ainda, segundo Maria José, o resultado foi satisfatório. “Após essa parceria com a Defensoria, ouvimos elogios e comentários de diretores e coordenadores ao afirmarem que as palestras contribuíram para melhorar o comportamento do aluno na escola e na vida social. Algumas escolas informaram que os pais procuraram a coordenação para que a palestra se estendesse aos alunos da tarde em virtude da repercussão da turma da manhã, onde o resultado foi muito positivo”, disse. Para a professora de história, Maria Efigênia Barbosa Santos Moura, a iniciativa é louvável. “É a primeira vez que assisto a uma palestra da Defensoria e Ouvidoria. Gostei muito da forma que eles debatem sobre diversos temas, os quais têm a ver com a realidade. Essas palestras melhoram o comportamento e a autoestima dos alunos, além de levar conhecimento jurídico e mostrar o papel de cada órgão”, enfatizou.
A aluna do 9º ano do ensino médio, Letícia dos Santos Carvalho, aprovou o tema. “Gostei de tudo que foi abordado pela psicóloga e assistente social, pois muitas crianças e adolescentes não têm autoestima pela falta de apoio ou incentivo dos próprios pais e acabam abandonando a escola.
Hoje vi que a Defensoria oferece outros serviços, pois só tinha conhecimento sobre assistência jurídica para quem não tem condições de pagar um advogado e que eles atuam em outras necessidades da gente. Gostei muito da palestra e quero que tenha mais no próximo ano”, enalteceu. Projetos para 2012 – Segundo Maria José, o projeto vai se estender para 2012.
“Já fechamos com a Defensoria Pública para darmos continuidade no próximo ano e o nosso objetivo é ministrar essas palestras nas escolas do interior. Vamos mostrar o trabalho feito nas escolas por onde a gente passou e aguardar a manifestação da direção e coordenação dos colégios no sentido de solicitar o retorno da equipe da Defensoria e Ouvidoria, pois os temas abordados pela Defensoria têm conseqüências sérias na vida do aluno”.
A falta de conhecimento sobre os temas foi um dos fatores apontados pela psicóloga do Centro Integrado de Atendimento Psicossocial da Defensoria Pública (CIAPS), Syrlene Besouchet. “Maioria desconhecem as causas e efeitos da prática de bullying e do uso de drogas. Tratamos de temas polêmicos, motivantes, pois a partir do momento que o aluno conhece o fenômeno, mensura a gravidade, ele pode limitar alguns comportamentos considerados como não saudáveis, moldando assim possíveis condutas indesejáveis; através da conscientização podemos exercitar a prevenção”. Ressalta ao confirmar o cronograma do projeto para 2012.
Por Débora Matos / Assessoria DFE