A deputada estadual de Sergipe, Ana Lúcia Menezes 9PT), manifestou nesta quinta-feira, dia 12, sua indignação com os outdoors veiculados em São Paulo pela marca de cerveja Skol, que fazem apologia ao estupro e parabenizou as publicitárias paulistas Priscila Ferrari e Camila Alves que, indignadas, fizeram uma intervenção sobre a propaganda num ponto de ônibus de uma importante avenida de São Paulo.
As peças publicitárias, que integram a campanha da Skol em alusão ao Carnaval, trazem frases como “Esqueci o não em casa” e “Topo antes de saber a pergunta”. As publicitárias Priscila e Camila acrescentaram ao outdoor a frase “E Trouxe o NUNCA”. A empresa já se pronunciou, por meio de nota pública, informando que irá substituir as mensagens preconceituosas por novas frases mais “claras e positivas”.
“As propagandas em questão reforçam não apenas a apologia ao estupro, mas a toda forma de desrespeito aos próprios limites e aos limites dos outros” avaliou Ana Lúcia. Ela informou que, logo após o retorno do recesso parlamentar, irá protocolar um requerimento repudiando a atitude da empresa e parabenizando a ação das publicitárias.
Combate ao machismo não pode ser episódico
Para Ana Lúcia, a reação ao machismo não deve ser uma ação episódica, motivada apenas pela reação a uma peça publicitária de conteúdo preconceituoso. “Pressionar para que a empresa retire as peças de circulação é fundamental, mas essa campanha preconceituosa somente reforça a necessidade de que provoquemos na sociedade um debate constante e mais profundo sobre a motivação da violência sexual e o impacto da violência simbólica, em especial contra a mulher”, avaliou a parlamentar.
Partindo do conceito de que comunicação é poder, Ana Lúcia reforça a função social e educativa dos meios de comunicação. “Precisamos debater o impacto da publicidade no imaginário da população e como ela tem o poder de criar e fortalecer estigmas e estereótipos, de incitar a violência, da mesma forma que, caso seja usada para este fim, tem o poder de desconstruir estes papéis e incentivar a cultura de respeito”, propôs.
Violência simbólica
Ana Lúcia lembrou que, infelizmente, é comum a sociedade brasileira se deparar com publicidade e outros bens culturais – como músicas, programas televisivos, entre outros – que desvalorizam e rebaixam a mulher e outros grupos vulneráveis à condição de coisa, de produto, atribuindo-lhe valor de venda. “Não raro, os comerciais das empresas – não apenas as de cerveja – prestam um desserviço à sociedade brasileira, reproduzindo e estimulando a violência simbólica e tratando a mulher como objeto sexual. Mais que isso, tratando nós, mulheres, como um mero objeto a serviço do capital, utilizando o corpo feminino apenas para vender um produto”, lamentou.
No campo do combate à violência simbólica, não apenas direcionada à mulher, mas diversos outros grupos vulneráveis, Ana Lúcia apresentou o Projeto de Lei 124/2012, apelidado de Projeto de combate à baixaria na música. Caso seja aprovado e se transforme em Lei, será proibido o uso de recursos públicos para contratação de artistas que desvalorizem, incentivem a violência ou exponham mulheres, crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, negros, lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros à situação de constrangimento.
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