“Nunca participei do governo. Desafio qualquer secretário a dizer que tem alguma pessoa trabalhando no Estado ao meu pedido”. Foi com essa declaração que o depurado estadual Capitão Samuel (PSL) reafirmou que não tem a intenção de deixar o bloco de oposição para migrar para o lado do Governo do Estado. A afirmação foi feita na manhã desta quinta-feira, 1º de agosto, no programa Liberdade sem Censura, da rádio Liberdade FM, sob o comando de Evenilson Santana.
A declaração do deputado vem contrapor a boatos que surgiram esta semana e que o apontaram, juntamente com o também deputado, Augusto Bezerra (DEM), como novos integrantes da base aliada do Governo do Estado na Assembleia Legislativa de Sergipe.
O parlamentar ressaltou que mantém a mesma postura transparente do início do mandato. “Minha posição sempre foi a mesma. Sou deputado classista e da população sergipana. Defendo os interesses dos militares e da sociedade. Desde que assumi o mandato sempre mantive o meu foco”, disse.
Capitão Samuel lembra que a única proximidade que possui com o Executivo Estadual diz respeito a assuntos de interesse coletivo da sociedade sergipana. “A minha conversa com o Governo é no sentido de intermediar ações do interesse do povo sergipano, como no caso dos pedidos para que o governador em exercício, Jackson Barreto, pudesse receber algumas categorias, a exemplo dos agentes prisionais e a família militar”, afirmou.
Concurso público
O deputado falou ainda sobre o efetivo de 4 mil homens da Polícia Militar. Segundo Samuel, esse número é incompatível com a finalidade da PM que é manter a ordem. “Não se pode fazer um serviço efetivo e ostensivo se não tivermos um número compatível. Recentemente tivemos vários grupamentos da Companhia de Policiamento Rodoviário (CPRv), fechados justamente por falta de homens. A culpa é do comando? Não, a direção da PM faz o que pode, por isso temos que ter concurso imediato”, destacou.
Samuel lembrou que os festejos juninos deste ano já não contaram com a participação efetiva da PM. “Já não fizemos os festejos juninos por falta de efetivo. Agora, os estádios de futebol vão ficar sem o policiamento porque não temos homens para isso. É necessário que o Governo do Estado possa parar de falar do concurso e coloque em prática”, pediu.
Por Bruno Almeida