A Assembleia Legislativa realizou nesta quinta-feira, 26, um debate sobre o agravamento da crise econômica do Governo caso se concretize o encerramento das atividades do escritório da Petrobras em Sergipe. A discussão foi proposta pela deputada estadual Maria Mendonça (PSDB). Além do temor quanto ao aumento do desemprego, os parlamentares avaliam que as perdas financeiras tendem a tornar mais difícil o desenvolvimento do Estado.
O deputado estadual Iran Barbosa (PT) avalia os prejuízos contabilizados como “irreparáveis” e defendeu uma mobilização dos Poderes Legislativos, dos Estados do Nordeste, para promover uma grande discussão, um debate amplo, formalizando um documento defendendo a Petrobras e as riquezas nacionais para ser protocolado no Palácio do Planalto e no Ministério de Minas e Energia. “Qualquer pessoa que conheceu a realidade de Sergipe antes e depois da Petrobras sabe que seu fechamento terá um impacto devastador na nossa economia”.
“As perdas são amplas, são muito grandes! O setor de petróleo é muito complexo, é amplo e tem toda uma cadeia que depende dele. Fazendo uma análise econômica detalhada, a desmobilização da Fafen, por exemplo, já tem um impacto muito grande. O prejuízo atinge desde o pequeno vendedor que comercializava na porta da fábrica como em grandes setores da economia. É preciso entender a complexidade do problema”, completou Iran Barbosa.
O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania), entende que o provável fechamento do escritório da Petrobras em Sergipe vai ter um impacto muito negativo. “Basta você verificar a cadeia que é movimentada pela Petrobras. Temos várias prestadoras de serviços, vários produtos são comercializados e, se ela realmente sair do nosso Estado, todo esse mercado vai para outra unidade da Federação e quem vai perder no final somos nós sergipanos”.
Outro deputado que se manifestou extremamente preocupado com a situação do possível fechamento foi Luciano Pimentel (PSB). Segundo ele, que apresentou um gráfico durante o debate em plenário, sobre a produção de petróleo no Estado, uma das principais preocupações está no desemprego. “Nós temos cerca de 1,2 mil trabalhadores com uma renda média salarial alta. Isso vai impactar em escolar, supermercados, transportes, venda de veículos”, comentou, dizendo que este problema já vinha sendo sinalizado pelos governos anteriores.
Foto: Jadílson Simões