O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) realizou a defesa da valorização do magistério durante Audiência Pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte.Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores, consideram-se profissionais da educação escolar básica, os professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio, muitos deles com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas. Para Eduardo Amorim, a formação inicial dos profissionais da educação ainda carece de revisão de sua base curricular, a fim de aproximar das demandas escolares impostas pelas novas gerações e pela necessidade dos profissionais em adquirir novos conhecimentos, sobretudo de técnicas e tecnologias pedagógicas. “Para a formação continuada dos profissionais da educação é preciso um maior comprometimento dos estados e municípios com aplicação dessas ações. Paralelo aos cursos, ainda são necessários investimentos para a formação no local de trabalho, para o fortalecimento da gestão democrática, para o estímulo ao processo pedagógico e para a formação de projetos multidisciplinares direcionados ao currículo da educação básica”, comunicou o senador. O senador sergipano afirma que a educação brasileira chegará a um novo patamar de qualidade se mudar radicalmente a estrutura de formação dos professores do país. “A formação deveria ser realizada em tempo integral, em centros de ensino especiais e regime de dedicação intensiva similar ao aplicado aos estudantes de medicina nas residências médicas”, disse Amorim. Nesses centros, estudantes de pedagogia recuperariam conteúdos do ensino básico que não dominam, além de ter possibilidade de se transformar em verdadeiros leitores e produtores de textos, com acesso ainda a experiências em outras linguagens. Os que necessitassem receberiam bolsa de estudos nesse período. Leis sem resultados O secretário de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo Filho, observou que a Constituição determina a elaboração de normas para a valorização dos professores. Porém, observou, as leis produzidas com essa intenção até agora não ofereceram resultados: a categoria ainda convive com baixos salários, a ausência de planos de carreira em muitos municípios e a falta de acesso a programas de formação contínua. Nas escolas, além dos problemas de infraestrutura e da carência de recursos pedagógicos haveria ainda a questão cada vez mais presente da violência, que atinge igualmente os professores. |
Fonte: Assessoria Parlamentar