O vereador Elber Batalha (PSB) abordou a problemática da falta de segurança e da grande movimentação de moradores de rua na região da Praia Formosa e do Calçadão da 13 de Julho na tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) durante a sessão desta terça-feira, 25. O parlamentar destacou as reclamações e relatos dos moradores e usuários do local, que frequentam a área para a prática de exercícios físicos.
Em seu discurso no Grande Expediente, Elber mencionou a transformação da região desde a construção da orla na gestão do ex-prefeito João Alves Filho e todos os benefícios gerados. Contudo, ele ressaltou que alguns problemas surgiram recentemente. “Quando fizeram aquele calçadão, houve, querendo ou não, uma invasão do habitat natural do manguezal, e isso acarretou uma mudança em toda a conjuntura. Todos lembram que, desde a obra, se formou um areal que era possível observar o rio em sua extensão, mas essa intervenção humana tirou o equilíbrio e outras vegetações começaram a surgir”, comentou.
Para o vereador, as alterações ambientais foram sentidas profundamente por aqueles que amam aquela parte da capital. “Além do desequilíbrio social e de segurança pública. Não fosse tão grave, tem famílias morando dentro do mangue e retirando de facões os galhos para fazer de moradia. Num espetáculo deprimente social, com crianças ali fazendo parte daquela situação e próximas também de usuários de drogas que buscam o local. Os moradores da área começam a ser importunados pelos delinquentes que circulam para se abastecer do seu vício”, contou.
Elber destacou os casos de assédio sofridos por corredoras que precisam treinar sozinhas em horários variados e por trabalhadoras que passam por lá diariamente. “Além dos relatos de assédio a mulheres que fazem corrida ou caminhada. Isso tem gerado uma insegurança e impedido que as pessoas continuem usando o calçadão para atividades físicas. É necessário que haja uma intervenção, através da SSP e da Assistência Social Municipal. Sei que ali tem famílias que precisam de auxílio, não só delinquentes, por isso precisam ser retiradas e levadas para outro lugar. Temos que fazer isso antes que algo mais grave ocorra”, concluiu, alertando os órgãos competentes, como a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE) e a Secretaria Municipal de Assistência Social, para a questão.
Foto: Gilton Rosas
Por: Anna Paula Aquino/Ascom