Nesta quarta-feira, 29, em reunião às portas fechada na Rádio Ilha FM, os irmãos Amorin recebem seu grupamento político e alguns simpatizantes da ideologia partidária do partido cristão.
Estiveram presentes os seguintes deputados estaduais: Maria Mendonça (PSB), Adelson Barreto (PSB), Gilmar Carvalho (PR),Goretti Reis (DEM), Pastor Antônio do Santos (PSC), Capitão Samuel (PSL), Zeca da Silva (PSC), José Franco (PDT), Suzana Azevedo (PSC), Angélica Guimarães (PSC), Paulinho da Varzinha (PCdoB),Raimundo Vieria (PSL),Gilson Andrade (PTC), além de alguns nomes do executivo municipal.
Em primeira discussão, os Amorim podem ouvir a opinião dos seus liderados que externaram seus sentimentos sobre atual situação do cenário político no Estado.
O estopim para toda essa polêmica nos bastidores da política e um novo reordenamento estratégico, foi a eleição da Mesa Diretora na Assembleia Legislativa de Sergipe. Onde na oportunidade a deputada Angélica Guimarães, sagrou-se campeã e hoje já é tida como ‘‘ A nova rapousa da política’.
A coletiva na íntegra: Jornalistas
O senhor acredita que o governador já tinha uma composição com Conceição Vieira, e daria uma rasteira no PSC na Assembleia?
Edvan Amorim – Esse assunto, eu não posso dizer, mas posso dizer que disse a ele que os deputados estavam definidos para fazer a eleição da Mesa e a presidente tinha me dito que, logo que tivesse os votos, colocaria para votar.
Jornalistas – Como é que fica a situação agora para 2012?
E.A. – Normal. O PSC está com liberdade agora, e sempre teve. Haverá outras reuniões para chegar a uma decisão final.
Jornalistas – Sobre o assédio que a bancada estaria sofrendo por parte do governador Marcelo Déda…
E.A. – Faz parte. Tudo poderia ser evitado porque o rompimento não foi da nossa parte. Acredito que Marcelo Déda é um governador simpático, bacana, porque ele me tratou assim durante duas horas de reunião.
Jornalistas – Qual a relação entre PT e PSC?
E.A. – A relação só existe quando os dois querem. O PSC foi um partido que sempre deu sustentação ao governo sem cobrar nada.
Jornalistas – Gilmar vai deixar o grupo ou o grupo não vai fechar mais com Belivaldo?
E.A. – Nem uma coisa nem outra.
Jornalistas – Alguns partidos, agora, estão meios truncados. O PDT, o PSB tem um papel muito grande aí. Esses partidos estarão unificados tentando a Prefeitura de Aracaju?
E. A. – Aqui só tem união. Só tem uma coisa importante, que não praticamos traição.
Jornalistas – O grupo dos irmãos Amorim foi subestimado pelo governador Marcelo Déda?
E.A. – Não tenha dúvida.
Jornalistas – Existe uma possibilidade de o grupo dos irmãos Amorim compor com o grupo do ex-governador João Alves?
E.A. – Tudo é possível. Você tem um namoro, quando termina você não está livre para namorar?
Jornalistas – Em 1998, Albano e Jackson articularam uma “puxada de tapete” na Assembleia.
E.A. – Alguém puxou o tapete de alguém na Assembleia?
Naquela Casa só ganha quem tem maioria, e, se eles tivessem, evidentemente, tinham feito a Mesa. O regimento está claro, foi feito por ele (o líder do governo Francisco Gualberto) e aprovado por todos.
Jornalistas – A tese de Eduardo Amorim: apoiar o que for bom para o povo e barrar o que não foi para o povo?
E.A. – Se é bom para o povo de Sergipe terá o apoio da nossa bancada como sempre teve.
Jornalistas – A presença do Democratas na Mesa Diretora da Assembleia significa uma aproximação (com seu grupo?)
E.A. – É uma parte de incluir a oposição que tem quatro deputados que não têm lugar na Mesa. O PT e o PMDB não quiseram participar da Mesa. Mesa de Assembleia quem tem que decidir são os deputados. Tomaremos decisões de forma coesa. Recebemos pressão de toda ordem, basta ouvir os depoimentos a deputada Maria Mendonça. Fomos parceiros leias o tempo inteiro. Não há nenhum arrependimento nisso.
Jornalistas – Itabaiana é uma coisa muito complicada. (O prefeito) Luciano Bispo já foi convidado para conversar com o governador. E Maria Mendonça? Como o PSC vai articular dois grupos na cidade de Itabaiana?
E.A. – Itabaiana é minha casa. E em minha casa eu fico à vontade. Jornalistas – Tem dois deputados aqui do PSB. Eles vão resolver as vidas deles com o senador Valadares ou o senhor vai intermediar isso?
E.A. – Eles vão resolver a vida deles com Valadares. Eles estavam aqui solidários porque o PSB participou da Mesa. O segundo cargo mais importante da Mesa é do PSB. Não é com a gente essa questão de que os deputados são discriminados. Todos os deputados foram convidados e os que não quiseram ficaram de fora.
Jornalistas – Há mágoa da parte do seu grupo?
E.A. – Nenhuma mágoa. Estamos tranquilos, felizes e muitos convictos de que essas coisas em política acontecem. Estamos de pé, e não de joelhos. E não existe nenhuma pressão em cima do senador Valadares. Ele e o PSB vão fazer o que quiser, como nós também vamos.
Jornalistas – As declarações de Gilmar Carvalho foram um recado?
E.A. – Eu não mando recado. Quando eu quiser, eu chamo e digo.
Jornalistas – O senhor foi considerado maestro pelo líder do governo na reeleição da Assembleia…
E.A. – Se eu fui qualificado com esse cargo importante, quero dizer que a batuta não é emprestada. É própria mesmo. Golpe na Assembleia Legislativa, em um processo aberto, discutido, onde vários partidos participam, e a maioria decide? Deve ter alguém aí com problema de cabeça. A pessoa quando não consegue alcançar os intentos que deseja não pode baixar esse nível.
Jornalistas – A bola do governador estava alta, na sua concepção?
E.A. – Eu não sou deputado e não posso falar se a bola dele estava alta, cheia ou vazia. Mas, como articulador, eu disse aos deputados que ficassem à vontade para fazer o melhor para eles.
Jornalistas – O próximo conselheiro do Tribunal de Contas sai desse grupo?
E.A. – Deve ser por aí. Aqui está o grupo de todos os partidos. É o desejo de todo mundo.
Por Andréa Lima/ Imprensa 1
Imagens: Marcos Couto