O homem identificado como, Vitor Aragão da Silva, acusado de assassinar a sua esposa, Ana Paula Jesus dos Santos Aragão, com golpes de barretas em sua cabeça na noite do dia 11 de maio de 2019, no bairro José Conrado Araújo em Aracaju, foi condenado a 21 anos e 15 de prisão em regime fechado.
A decisão do júri popular aconteceu no final da tarde dessa quinta-feira, dia 14 de outubro de 2021, na 8ª Vara Criminal no Fórum Gumercindo Bessa em Aracaju, que teve como Juiz titular, Alício de Oliveira Rocha Junior , promotoria de acusação, Mônica Maria Hardman e advogada de defesa, Pâmela Carolina Salmeron ( PROCESSO: 201921800254).
O julgamento que teve início no dia 13/10, durou mais de 24 horas e veio inicialmente condenar o réu “Vitor Aragão” a 14 anos e três meses de prisão pelo crime de feminicídio. Na sequência, sua pena aumentou pelo crime de natureza hedionda por motivo torpe, que não deu a chance de defesa da vítima, assassinada por meio cruel.
Ele também foi condenado a um mês e dezenove dias de detenção, por falso testemunho junto a polícia no tocante o modo operante do crime. Mas, a defesa de Vitor entrou com um recurso por discordar.
O CRIME
Dia 11 de maio de 2019, véspera do dia das mães.
De acordo com alguns relatos e as primeiras informações colhidas por testemunhas e pela polícia, Ana Paula (a vítima), dormia no andar de cima da casa que fica nos fundos da residência dos pais de Vitor Aragão (esposo/suspeito). Enquanto ele preparava algo na cozinha no andar debaixo da casa onde o casal morava.
Segundo relatos de Vitor Aragão, ele sobe as escadas e na área onde era o quarto, ele começa a mexer no celular enquanto a sua esposa Ana Paula dormia ao lado do seu filho. É quando dois homens entram no quarto e um deles, desfere golpes de marreta na cabeça de sua esposa.
De acordo com Vitor, o mesmo estava de costas sentado na beira da cama e que ao se virar recebeu uma tijolada na altura da cabeça. Caído e tonto, foi rendido pelos assaltantes que pediram dinheiro, celular e objetos de valor. E que após o ato criminoso os marginais fugiram pelo beco que dar acesso as duas casas ( a de sua mãe e a dele ). Vitor disse ainda que os homens escalaram o muro da frente para entrar e sair.
Ainda de acordo com Vitor, ao perceber que sua esposa estava sangrando e muito machucada, pegou seu filho nos braços e correu para pedir ajuda a sua mãe e demais familiares que estavam na casa da frente. Gritando por socorro, ele relatou o que tinha acontecido com sua esposa.
Familiares do acusado acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e a polícia, mas infelizmente, Ana Paula já estava morta. No dia seguinte “DIA DAS MÃES”, Vitor foi à casa da mãe de Ana Paula para lhe dar o presente da referida data comemorativa e lá, teria se somando ao momento de dor que passava a sua sogra.
O que o acusado Vitor Aragão não contava era com a equipe de inteligência da polícia civil de Sergipe (DIPOL) e o trabalho de excelência da delegada, Luciana Pereira e sua equipe de policiais que conseguiram elucidar o crime e colocá-lo na cadeia como principal suspeito.
Ciúmes, possessividade e alguns discursões teriam sido alguns ingredientes que possivelmente contribuíram para que houvesse o crime, o que não justifica. O que se sabe mesmo foram muita frieza e duas personalidades “DUAS FACES”.
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