O mês de fevereiro começa com um alerta para a prevenção e conscientização sobre a Doença de Alzheimer. Segundo dados do IBGE, entre 2012 e 2017, o Brasil passou a ter mais de 30 milhões de idosos, o que equivale a 14% da população brasileira. Um crescimento de quase 20% em 5 anos. Este crescimento alerta para a qualidade de vida dessa população e para um possível aumento dos quadros demenciais. O Alzheimer está entre as doenças mais incapacitantes e que gera sofrimento para o paciente e família, sendo necessário, às pessoas que cercam o idoso, atenção aos sinais da patologia e aos fatores que podem prevenir ou retardar o problema.
Estudos indicam que um desses fatores é a prática de atividade física. O psiquiatra e psicogeriatra da clínica Holiste, André Gordilho, aponta que uma pesquisa realizada por 25 cientistas de diversos países – entre eles, dois brasileiros –, publicado na revista Nature Medicine, estabeleceu a relação entre o aumento dos níveis de irisina e uma possível melhora na perda de memória causada pelo Alzheimer, o que pode representar mais eficácia no tratamento e prevenção da doença.
“O mais interessante é que a irisina é um hormônio produzido naturalmente pelo corpo durante a prática de exercícios físicos. Ainda se discute muito sobre a prevenção da demência. Mas, na medida em que avançamos no entendimento da doença, fica mais claro a relação entre a incidência da doença e o estilo de vida. Exercícios físicos, reeducação alimentar, evitar o tabagismo, dormir bem e estimular o cérebro são hábitos bastante recomendados nesse sentido”, recomenda o psiquiatra da Holiste, André Gordilho.
Dessa forma, a adoção de hábitos saudáveis com uma dieta equilibrada, sono e prática de exercícios regulares pode promover mudanças na qualidade de vida, melhorando a saúde física e mental.
“Outras abordagens terapêuticas, como a estimulação cognitiva, têm se mostrado efetivas, já que contribuem para retardar a evolução da doença e preservar por mais tempo as funções cognitivas”, completa André Gordilho.
A DOENÇA DE ALZHEIMER
A doença de Alzheimer é a síndrome com maior prevalência, representando 60% a 70% dos casos demenciais. Seu avanço acontece de forma progressiva e irreversível, afetando – de forma gradual – as funções cognitivas, como atenção, concentração e raciocínio, trazendo também alterações no comportamento e personalidade do indivíduo. Essas perdas ocasionam prejuízos significativos na capacidade produtiva e nas relações sociais. Segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), mais de 1,6 milhões de brasileiros sofrem com a doença de Alzheimer.
CUIDADOS NA TERCEIRA IDADE
Segundo dados do IBGE, a expectativa é que em 2050 esse número supere os 60 milhões, o que equivale a 30% de toda população, colocando o Brasil como um dos países com maior população de idosos do mundo. Envelhecer é um processo inevitável, que acontece em todas as dimensões do ser humano: cronológica, biológica e psicossocial. Caracteriza-se, principalmente, por uma degradação orgânica e funcional do indivíduo, mas que não decorre de um processo de adoecimento.
Fonte: www.agenciaat.com