Os dias de Carnaval em Sergipe serão marcados por intensas fiscalizações para cumprir o que determina o Decreto estadual nº 40758. A Força-Tarefa de combate à Covid-19 intensificou sua atuação desde o início do mês de fevereiro e vai fiscalizar os cumprimentos dos protocolos sanitários em estabelecimentos e evitar aglomerações. Algumas denúncias de festas clandestinas já chegaram ao conhecimento das autoridades públicas e serão coibidas. Os municípios também têm responsabilidade em promover ações fiscalizatórias e contam com o apoio do governo do Estado, caso seja necessário.
Conforme o documento fica proibido entre os dias 11 a 21 de fevereiro, a realização de comemorações e festividades relacionadas ao Carnaval, como as confraternizações, eventos festivos, blocos, prévias carnavalescas, apresentações musicais, shows e similares com ou sem comercialização de ingressos, em ambientes públicos ou privados de uso comum.
O coordenador da Vigilância Sanitária Estadual, Ávio Britto, pede consciência à população para evitar aglomerações. Além disso, o coordenador enfatiza que os municípios devem estar em consonância com o governo do Estado, promovendo ações para impedir os festejos.
“Os municípios são co-responsáveis com as ações do Decreto Estadual. Sendo assim, têm o papel de fiscalizar utilizando de meios como guarda municipal ou demais órgãos. Também podem pedir apoio à Polícia Militar ou a outro órgão estadual”, destacou. O coordenador acrescenta que, caso a população presencie aglomerações e festividades carnavalescas, deve denunciar através do número 190, da Polícia Militar.
Aglomerações
De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde SES, o infectologista Marco Aurélio Góes, o Brasil passa por intensa transmissão da Covid-19, com o surgimento de novas variantes do vírus no mundo e, inclusive há uma variante no país, que surgiu em Manaus. “Com tudo isso, é preciso restringir o máximo possível o movimento das pessoas, principalmente, em festas. Nesse momento, nenhum evento está permitido, tudo que ocorrer é clandestino e está suscetível a intervenção legal”, destaca.
Ele ainda disse que o momento não permite aglomeração e sim cautela. “Temos o vírus em todos os lugares, sendo assim, de fato, as aglomerações podem trazer a transmissão intensa trazendo consequências graves, já que quando acontece, aumentamos os números de casos, os de óbitos, podendo colapsar o sistema de saúde. A transmissão do vírus não acontece só para quem vai às festas. A pessoa que aglomera traz o vírus para dentro de casa, para a comunidade e para pessoas vulneráveis”, finaliza.
Foto: Valter Sobrinho
Fonte: Agência Noticias Sergipe