Em pronunciamento na sessão desta quarta-feira, 6, o deputado Georgeo Passos (CIDADANIA) defendeu a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a compra de respiradores através do Consórcio Nordeste. Ele destacou a visita que fez semana passada à CPI da Covid-19 no estado do Rio Grande do Norte e cobrou rapidez na apuração do prejuízo de R$ 48 milhões aos cofres públicos.
“Fomos convidados a participar da CPI Covid no estado do Rio Grande do Norte, presidida pelo deputado Kelps Lima (SOLIDARIEDADE). Colaboramos nas investigações, ajudamos na análise de documentos e assistimos aos depoimentos na última quinta-feira, 30. O Rio Grande do Norte foi o único estado que conseguiu instalar a CPI para investigar os gastos com a pandemia. Eles estão investigando 12 contratos suspeitos, dentre eles, o que envolve o Consórcio Nordeste, onde houve o rateio e o repasse de recursos dos estados para a compra dos respiradores”, afirma.
Georgeo Passos lembrou que no ano passado, com o início da pandemia no final de fevereiro, veio a certeza da necessidade de ampliar o número de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) com respiradores. “Foi uma corrida no mundo todo e em Sergipe a opção do governo foi fazer a aquisição de respiradores pelo Consórcio Nordeste com uma tratativa em tempo recorde junto à empresa especialista em adquirir medicamentos e produtos à base da maconha. A empresa escolhida recebeu 48 milhões de reais aproximadamente e não entregou um respirador sequer aos estados”, afirma lamentando ainda não ter conseguido as oito assinaturas para a instalação da CPI na Alese.
“Falta uma assinatura ainda e muita coisa precisa ser esclarecida, a exemplo de uma ação sob sigilo quanto à cobrança para a devolução do dinheiro. O secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas foi convocado a depor na CPI do Rio Grande do Norte no dia de ontem, mas impetrou um habeas-corpus e conseguiu uma liminar para ficar em silêncio, escondendo o que tem que esconder e protegendo principalmente pessoas ligadas ao Governo da Bahia. Aqui em Sergipe teve parecer da Procuradoria do Estado e várias coisas precisam de esclarecimentos. A gente pede o apoio dessa Casa para apurar e responsabilizar quem realmente estiver devendo, pois, nenhum colega deputado entregaria 48 milhões de reais a uma empresa cuja primeira nota foi retirada esse ano, sem pedir uma garantia”, enfatiza.
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Por: Aldaci de Souza/Ascom