
O deputado Georgeo Passos (Cidadania) usou a Tribuna para comentar a forma como o Governo de Sergipe tem conduzido a gestão da saúde, especialmente no que diz respeito à contratação de organizações sociais (OS) para administrar unidades hospitalares. Ele mencionou denúncias apresentadas pelo Sindicato dos Médicos e cobrou mais clareza da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
“Chama atenção quando a Secretaria de Saúde diz que a responsabilidade dela é apenas fiscalizar se os serviços estão sendo prestados. A denúncia do Sindicato é de que no endereço da empresa junto à Receita Federal nada foi encontrado, e isso traz indícios de uma possível irregularidade”, afirmou. O parlamentar lembrou que, em outros estados, organizações de saúde já estiveram envolvidas em escândalos, e alertou: “Tenho certeza que o Sindicato não faria uma denúncia sem o mínimo de prova ou razão. A nota da Secretaria foi fria, sem trazer informações concretas e, por isso, os órgãos de controle precisam estar atentos”.
Georgeo Passos destacou ainda relatos de médicos que estariam deixando o Hospital da Criança por insatisfação com a forma de contratação adotada pela OS responsáveis pela unidade. “É inadmissível que um hospital da criança não tenha pediatras. Já tivemos discussões sobre ortopedia pediátrica, e sabemos que a qualidade do serviço não é mais a mesma desde que a OS assumiu. É preciso transparência nesse processo, já que o próprio Governo quer avançar nesse modelo de gestão”, criticou.
O Líder do Governo na Casa, deputado Cristiano Cavalcante (União) comentou a discussão em torno da contratação da Organização Social de Saúde (OS) que atualmente administra o Hospital da Criança. Ele explicou que o processo de escolha da entidade ocorreu dentro da legalidade, por meio de chamamento público. “Houve um processo feito pelo Governo do Estado, no qual várias organizações sociais participaram, e a associação Boituva foi a vencedora. Assim como outros processos que acontecem diariamente no Governo, este também foi realizado de forma pública. Se a OS fez contratações que geraram questionamentos, o Governo não tem responsabilidade direta sobre isso, embora tenha, sim, o dever de fiscalizar, e está fiscalizando”, destacou.
Foto: Joel Luiz| Agência de Notícias Alese
Por: Débora Nepomuceno Marques