O Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) indiciou três suspeitos por um golpe que causou prejuízo de R$ 40 milhões a cerca de 600 vítimas em Sergipe. O esquema envolvia uma suposta empresa de investimentos e foi investigado pela Delegacia de Defraudações e Combate à Pirataria (DDCP). O líder do grupo, que chegou a ministrar cursos sobre o mercado financeiro, foi preso em agosto de 2023, mas liberado pela Justiça. Todos os investigados responderão por estelionato, associação criminosa e lavagem de capitais.
A delegada Lauana Guedes informou que as investigações começaram em agosto de 2023, após vítimas denunciarem a falta de pagamento dos rendimentos prometidos pela empresa. O líder do esquema se apresentava como sócio-proprietário da empresa, exibindo operações financeiras de sucesso nas redes sociais e até patrocinando um clube de futebol em Sergipe para aumentar a credibilidade da fraude.
De acordo com a delegada Suirá Paim, o suspeito manipulava dados de rendimento na plataforma da empresa, prometendo lucros de até 8% e limitando perdas em 5%. No entanto, as investigações revelaram que o dinheiro captado não era investido, mas sim transferido para contas pessoais dos envolvidos. Entre 2020 e 2023, as movimentações bancárias dos suspeitos cresceram de R$ 10 milhões para R$ 70 milhões, levando à criação de várias empresas para ocultar os valores.
As vítimas estão entrando com ações civis para tentar recuperar parte dos valores perdidos, e a Polícia Civil solicitou o bloqueio de ativos financeiros dos envolvidos. O Depatri pede que outras possíveis vítimas denunciem o esquema e registrem boletins de ocorrência.
Denúncias podem ser feitas pelo Disque-Denúncia, telefone 181, com garantia de sigilo.
Foto: SSP/SE
Por: Portal Imprensa1