O Governo do Estado, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), contribuiu para a criação de mais dois bancos de sementes da palma forrageira do Projeto Sergipe de Combate à Desertificação no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, Alto Sertão Sergipano. Mesmo resistente à escassez de água, é na irrigação que a palma cresce acelerada, chegando precocemente ao ponto de corte das novas sementes.
Através do projeto, mais de três mil famílias estão sendo beneficiadas com a entrega de sementes da palma forrageira, da variedade Orelha de Elefante Gigante, e mudas de gliricídia. Entre eles, há cinco pequenos criadores de gado de leite irrigantes do Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto, que assim como o Califórnia, é administrado pela Cohidro. O Projeto Sergipe de Combate à Desertificação é fruto da parceria entre o Governo de Sergipe, Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A execução fica por conta da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), tendo na ponta a expertise técnica das suas subsidiárias, Cohidro e Emdagro [Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe].
Nos dois perímetros irrigados, além das sementes, as famílias também receberam os insumos necessários para iniciar a produção, como kits de irrigação. A irrigação ajuda no crescimento vegetativo acelerado da palma e geram, em menor tempo, as ‘raquetes’ de palma, que já podem ser picadas e oferecidas como alimento às criações, mas também servem de semente para gerar uma nova planta. O irrigante do Califórnia, Antônio da Silva, beneficiário do projeto com o campo de palmas, aponta que há uma perspectiva de colheita já para os próximos meses. “O governo forneceu adubo, já plantamos e, por enquanto, estamos aguando com o sistema da irrigação de aspersor, mas a Cohidro forneceu o sistema de bico, só falta a gente instalar. A perspectiva é a gente colher, e depois entregar os primeiros cortes. Colher tudo certinho”, confia seu Antônio.
Nesses campos, que são bancos de sementes, após as plantas atingirem o tamanho de colheita, cada produtor irá repassar parte da produção para outros criadores, multiplicando o alcance do projeto e a disseminação mais rápida da variedade para os outros produtores. A gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes, conta que houve uma parceria entre a empresa e os produtores. “Firmamos com eles o compromisso de que, nos dois primeiros cortes, serão entregues 80% da produção ao Governo do Estado e, a partir do terceiro corte, a produção será 100% dos produtores. Por ser uma produção rápida, a palma irrigada já pode ter o primeiro corte com apenas seis meses”, explica a gerente.
Ascom: ASN