Referência no tratamento disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas com hemofilia, o Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) alerta para a importância do diagnóstico precoce e o início do tratamento. A conscientização sobre a doença é destacada na data dedicada ao Dia Mundial da Hemofilia, 17 de abril. A hemofilia é um distúrbio genético e hereditário, que afeta a coagulação do sangue. Atualmente, o ambulatório do Hemose presta atendimento a 312 pacientes com a enfermidade.
A instituição também oferece acompanhamento com equipe multidisciplinar que abrange as áreas de hematologia, enfermagem, fisioterapia, odontologia, serviço social, psicologia e farmácia. De acordo com a gerente do ambulatório, enfermeira Juliana Silva, a pessoa com hemofilia apresenta baixa atividade dos fatores de coagulação, responsáveis por estancar as hemorragias quando ocorre o rompimento de vasos sanguíneos. “Por isso, são importantes as avaliações com médico e outros profissionais da equipe multidisciplinar. O controle da doença só é possível por meio do monitoramento regular do paciente e o uso dos medicamentos”, informa.
Juliana destaca que o Dia Mundial da Hemofilia foi instituído para promoção da conscientização dos órgãos e profissionais de saúde sobre a importância do diagnóstico e o tratamento correto do distúrbio genético. “Essa data tem como objetivo ampliar a discussão sobre assuntos relacionados à doença e para melhorias das políticas inclusivas a essas pessoas,” salienta a enfermeira.
Diagnóstico
Nicolas Gabriel da Silva Souza, 13 anos, é hemofílico e um dos 312 pacientes assistidos no ambulatório do Hemose. Segundo Vanderlania Pereira, mãe de Nicolas, aos 8 meses de idade o filho apresentou um problema de deficiência no sangue. Ela conta que após buscar atendimento em vários serviços de saúde e realizar muitos exames, aos 5 anos foi confirmado o diagnóstico de hemofilia tipo A. Nicolas foi encaminhado para tratamento e reposição do fator VIII.
“Nos primeiros 8 anos, Nicolas recebia a infusão do medicamento no Hemose. Depois que passei por um treinamento e hoje eu mesma aplico a medicação nele, para evitar sangramentos internos”, conta Vanderlania. “Hoje me sinto mais segura por todo tratamento e carinho que meu filho recebe”, completa.
Tipos
Existem dois tipos de hemofilia: tipo A, ausência do fator de coagulação VIII; e tipo B, fator de coagulação IX. Considerada uma doença rara que não tem cura, a hemofilia afeta geralmente os homens. Os sintomas mais comuns são os sangramentos intramusculares, que afetam joelhos, tornozelos e cotovelos. O diagnóstico é feito por meio de um exame laboratorial ofertado pelo SUS, que verifica a dosagem do fator de coagulação no sangue.
Atendimento
O Hemose atende os portadores de hemofilia que são encaminhados pela rede de saúde. O atendimento ambulatorial funciona de segunda a sexta, das 7h às 17h. As consultas com médicos hematologistas para controle dos sangramentos internos são feitas regularmente. Eles passam também por avaliação e acompanhamento por equipe multiprofissional. Atualmente, o tratamento funciona de duas maneiras: por meio da profilaxia no Ambulatório do Hemocentro, ou ainda da autoinfusão domiciliar, conforme a recomendação médica. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 79 3225-8000 e 8046.
Com Informações: SES