O Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), com apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), prendeu dois funcionários de uma obra em construção da Unidade de Saúde Básica Amélia Leite, do bairro Suissa, em Aracaju, suspeitos de matarem a pauladas um colega identificado como Criszam Cruz Santos, 22 anos, e enterrar o corpo na própria unidade de saúde coberto com concreto.
Segundo a delegada Juliana Alcoforado, o servente foi morto na noite do dia 26 de fevereiro por pelo menos três colegas da vítima, dois dos quais já foram identificados e presos pela polícia. São eles: o vigilante Carlos Ruan e o pedreiro Nailton Vitório dos Santos, que está internado em um hospital de Aracaju após ter sofrido um acidente automobilístico no dia 27 de fevereiro, no bairro Siqueira Campos. Nailton despertou a atenção da polícia porque no dia do acidente ele estava com a bicicleta da vítima.
Em depoimento, ele alegou que a vítima havia emprestado a bicicleta e que não sabia do paradeiro do colega. No entanto, após uma série de depoimentos, as versões dos suspeitos foram desmascaradas, culminando a confissão do crime e a localização do corpo da vítima.
A delegada ressalta que embora haja uma confissão não ficou claro ainda o motivo do crime. Ela acredita que a motivação do homicídio está relacionada à problemas internos da obra ou problemas de relacionamento entre os envolvidos. Na manhã desta quinta-feira, 12, um terceiro suspeito do crime foi conduzido ao DHPP para prestar esclarecimentos.
Uma força-tarefa composta pela Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e peritos da Força Nacional de Segurança Pública, que estão à disposição do Estado, foram ao local do crime para desenterrar o corpo. Um dos autores do crime apontou onde Criszam foi enterrado, fato que foi confirmado pelos cães Spike e Jimmy do Corpo de Bombeiros.
De acordo com o major Hector, que comanda a operação de busca, o trabalho do cães foi importante para localização do corpo embaixo da terra. O oficial disse que o fato de o corpo está enterrado há 16 dias não dificulta em nada a localização do corpo pelos animais. “Mesmo antes do autor do homicídio confirmar a localização do corpo, os caẽs já apontaram o local exato a nossa guarnição”, disse.
A delegada Juliana explicou que, a partir da localização de Criszam será possível saber a causa a morte e bem como conhecer a real motivação do crime.
Por: Ascom da SSP