De acordo com o diretor do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), delegado Flávio Albuquerque, grande parte das instituições bancárias que atuam em Sergipe não vem cumprindo a Lei Federal 7.102 de 20 de junho de 1983 que estabelece normas de segurança para estabelecimentos financeiros.
Segundo o texto da lei, fica vedado o funcionamento de qualquer instituição financeiro onde existe guarda de valores ou movimentação de numerário que não possua sistema de segurança com parecer favorável a sua aprovação.
“Observamos que algumas unidades das instituições bancárias não vêm cumprindo a Lei como deveria, pois não dispõe do mínimo de mecanismos de segurança, facilitando e até mesmo atraindo a ação de criminosos”, destacou Albuquerque.
De acordo com a Lei, as instituições devem possuir vigilantes, alarme capaz de permitir com segurança a comunicação entre o estabelecimento financeiro e outro da mesma instituição, empresa de vigilância ou órgão policial mais próximo.
Além disso, os estabelecimentos tem que dispor de pelo menos um dos seguintes dispositivos: Equipamentos elétrico, eletrônicos e de filmagens que possibilitem a identificação dos assaltantes; artefatos que retardam a ação dos criminosos, como portas giratórias; cabine blindada com permanência ininterrupta de vigilante durante o expediente para o público e enquanto houver movimentação de numerário.
A última ação de criminosos registrada em Sergipe a uma instituição financeira foi registrada na madrugada dessa quarta-feira, dia 25, em um Posto de Atendimento do Bradesco da cidade sergipana de Pinhão.
“O local é completamente desprovido de mecanismos de segurança. Não existem sequer equipamentos de filmagem. Além disso, a porta que dá acesso ao posto ficava aberta dia e noite sem nenhum tipo de controle”, pontuou Flávio.
O texto da Lei 7.102 ainda prevê sanções aos estabelecimentos financeiros que não cumprirem com as exigências. As penas podem ser uma adevertência, multa de mil a vinte mil Ufirs e interdição do estabelecimento.
A Polícia Civil, através do Cope, registrou neste ano sete casos de explosões em instituições financeiras. Desse total, seis eventos já foram elucidados e os responsáveis presos. O único caso que não se chegou a uma elucidação foi o registrado em Pinhão.
“Estamos no início das investigações e esperamos em breve chegarmos aos responsáveis para que eles possam ser colocados à disposição da Justiça”, finalizou Albuquerque.
Fotos e Fonte: http://www.ssp.se.gov.br/index.php/noticias