O prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM) acaba de anunciar o apoio do seu partido à candidatura do senador Eduardo Amorim (PSC) ao governo do Estado. De acordo com João, um dos principais motivadores da decisão de apoiar o grupo dos irmãos Amorim está a presença do Partido dos Trabalhadores (PT), na chapa ao lado do governador Jackson Barreto (PMDB).
“Todos sabem as perseguições que sofri do governo petista e se eu fosse a uma chapa que, de alguma maneira colaborasse coo o PT, estaria agredindo o meu passado e não poderia fazer isso e o grupo liderado pelos Amorim não tem ligação nenhuma com o PT e vai apoiar Aécio Neves”, frisou.
Antes de fazer o anúncio oficial da decisão dos Democratas, o chefe do Executivo Municipal se reuniu com diversas lideranças da sigla de todo o Estado. Segundo João, o martelo foi batido com o apoio de todos os líderes partidários. “Foi um sucesso e unanimidade de apoio e me surpreendi, mas dizer que não existe nenhum pensamento contrário seria uma ingenuidade. O partido tem vozes dissonantes, mas a tradição do Democratas é de seguir unido”, afirmou.
Candidatura ao Senado
Questionando sobre a disputa entre Maria do Carmo (DEM) e Rogério Carvalho (PT) pela única vaga ao Senado, João voltou a afirmar que Maria tem muito mais qualidades do que o adversário. “Não tenho nenhuma identidade com os pensamentos dele. O que ele fez com a Saúde do Estado é lamentável. A maternidade Nossa Senhora de Lurdes, que era a referência do Nordeste, ficou mais de um ano fechado por ordem dele, por isso jamais poderia ter proximidade com os desmandos que esse cidadão cometeu durante a sua gestão”, ressaltou.
Vice
A imprensa noticiou durante todo o dia de hoje que o DEM iria indicar o candidato a vice-governador e que essa vaga seria ocupada pela deputada estadual Goretti Reis. “O vice não é necessariamente do Democratas. Estamos querendo um vice que tenha qualidade que possa somar e ainda sentamos para discutir nada sobre isso”, frisou.
Retaliação governista
Questionado se teria algum receio de sofrer retaliações por parte do Governo do Estado que poderá não fazer repasse de recursos para a Prefeitura da Capital, João foi enfático ao dizer que não acredita na possibilidade. “No entanto, se houver será por pouco tempo, pois em janeiro teremos um novo governador e presidente da República”, completou.
Briga de família
O prefeito João também falou sobre o questionamento de sua filha, Ana Alves Mendonça e do seu genro, deputado federal Mendonça Prado (DEM), que não aceitam a aliança com os irmãos Amorim. “Eles têm direito de discordar, mas não significa que vão influenciar a decisão do partido. Ainda vou ter um diálogo mais aprofundado com minha filha e com Mendonça”, disse.
Por Bruno Almeida
Foto: Marcos Couto