A deputada Linda Brasil (PSOL) subiu à Tribuna, nesta quarta-feira, 16, para pedir maior atenção do Governo do Estado para os casos de sífilis em bebês. De acordo com a parlamentar, Sergipe está figurando entre os primeiros no ranking no números de crianças atingidas.
“Nosso Estado é o segundo do país em número de casos de sífilis em bebês, ficando atrás do Rio de Janeiro; além de ser o primeiro em casos da doença no Nordeste. Até o dia primeiro de agosto já foram registrados 255 casos de sífilis em bebês, como mostra o levantamento da própria Secretaria de Estado da Saúde que reconhece o problema, mas não aponta nenhuma ação ou política pública como solução”, afirmou.
A doença é uma infecção que pode ser transmitida da mãe para o bebê e pode provocar aborto, lesões de pele e más-formações. A parlamentar ainda citou o último Boletim Epidemiológico emitido pelo Ministério da Saúde que, em 2021, registrou 27 mil casos no Brasil e explicou que a Fiocruz diz que o alto índice é indicador de deficiência na rede de assistência já que o diagnóstico durante o pré-natal poderia evitar a transmissão.
“O problema tem atingido, sobretudo, a população mais vulnerável com taxas mais altas entre filhos de mulheres jovens, pretas e pardas e com poucos anos de escolaridade. É ainda mais grave quando é observado seus efeitos nos riscos de mortalidade, que ocorre três vezes mais entre crianças que não passaram pelo tratamento. É preciso que o Governo do Estado reforce as políticas públicas”, afirmou.
As declarações ocorreram durante o Grande Expediente da Sessão Plenária da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese).
Aprovação de projetos de lei
Linda Brasil comemorou, durante o Pequeno Expediente, a aprovação dos Projetos de Lei 58 e 196/2023, de sua autoria, na votação desta terça-feira (15). Ela destacou a importância das proposituras para a população sergipana.
O PL 58/2023 fala sobre a criação do Dossiê da Mulher Sergipana. “Esse projeto, Mariele aprovou com o nome dossiê da mulher carioca. E nós, mulheres deputadas e vereadoras, estamos replicando este projeto em diversas casas parlamentares pelo Brasil. Consiste em uma adaptação à realidade da mulher sergipana, elaborando estatísticas periódicas sobre as mulheres atendidas pelas políticas públicas sobre a ingerência do Estado de Sergipe”, destacou.
O PL 196/2023 classifica a fibromialgia como deficiência. “Esse projeto foi fruto de um diálogo com os movimentos de pessoas com a doença e também um movimento nacional com vários outros estados que já aprovaram este projeto”, explicou.
A parlamentar pediu ainda que os PLs sejam sancionados para que os moradores do estados tenham seus direitos garantidos. “Quando sancionados, vão garantir direitos sociais e auxiliar na formação de políticas públicas. Todas as nossas proposituras são apresentadas com diálogo com a sociedade civil organizada para que a gente possa aprovar realmente projetos que sejam efetivamente importantes para a nossa população”, completou.
Por: Wênia Bandeira/Agência de Notícias Alese