Para afastar-se de uma etnografia que impõe seus próprios conceitos às manifestações das aldeias e para romper com o indigenismo tradicionalmente sob tutela do Estado, conforme o enxergava na prática oficial durante o regime militar, Carelli encontrou uma ferramenta excelente: o cinema.
Em 1986, as tentativas resultaram na fundação do Vídeo nas Aldeias, Organização Não Governamental que organiza oficinas de imagem para mais de cem aldeias em diversos Estados do Brasil.
Na celebração de seu primeiro quarto de século, o projeto de Carelli é registrado em livro. “Vídeo nas Aldeias, 25 Anos” (256 págs., R$ 150) é uma edição luxuosa, repleta de fotografias e acompanhado de dois DVDs, contendo dez filmes realizados por indígenas entre 1990 e 2011.
O volume também traz uma série de ensaios críticos, de Jean-Claude Bernardet, Carlos Fausto, Alfredo Manevy, Henri Arraes Gervaiseau e outros.
Redação imprensa1 ( com informações do Portal Valor Economico )
Foto: Valor Economico