A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), por meio da Comissão de Pele, integrante do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente, promoveu um encontro para orientar profissionais e pais de recém-nascidos sobre o cuidado aos bebês estomizados. Somente neste mês de junho, a maternidade registrou seis bebês com estomias, sendo que dois já receberam alta e quatro bebês permanecem internados.
A MNSL registrou em 2023 um total de 13 bebês com colostomia. Este ano já são oito, destes, quatro seguem internados na unidade. É o caso da neta de Ana Alice dos Santos, natural do Povoado Casa Caiada, município de Arauá. A filha adolescente de 16 anos, V.S., deu à luz a pequena Késia Gabriela prematura de 32 semanas.
“Ela nasceu com um problema no intestino e após três dias que estávamos internadas na Ala do Método Canguru, a bebê passou por cirurgia e precisou colocar a bolsa de colostomia. Desde então, ela está internada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), há dois meses e meio. Eu já aprendi a limpar e a trocar a bolsa e logo teremos alta”, explicou a mãe da bebê.
Cuidados com pacientes estomizados
O estoma é uma abertura feita cirurgicamente no abdômen por onde se dá a passagem do conteúdo intestinal. De acordo com a técnica de enfermagem e integrante da Comissão de Pele, Marise Ferreira da Silva, a colostomia é a mais comum das estomias, que é um orifício aberto na pele abdominal ligado ao intestino grosso com uma bolsa coletora de fezes. “As estomias (ou ostomias) são passagens alternativas realizadas através de cirurgia para possibilitar a saída de fezes, gases e urina. Existem aberturas para auxiliar também na respiração (traqueostomia) e na alimentação (gastrostomia – GTT). Atualmente a literatura médica prefere usar o termo estomizados, em vez de ostomizados, mas é o mesmo procedimento”, informou.
A enfermeira e presidente da Comissão de Pele da MNSL, Maria do Carmo Pereira, explicou que sempre há treinamento para os profissionais da maternidade. O objetivo desses treinamentos é capacitar os profissionais de enfermagem envolvidos no processo de trabalho no que diz respeito ao manejo com os pacientes estomizados, visando uma boa adaptação da bolsa coletora com a pele. “É crucial o conhecimento para promover o conforto e segurança aos usuários com estomias. O cuidado especializado faz toda a diferença na qualidade de vida dos estomizados, por isso orientamos os familiares dos bebês com estomias no cuidado para não ferir a pele do bebê no momento da troca e limpeza da bolsa coletora”, enfatizou.
Para a técnica da Comisão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Débora Rocha, é muito importante se atualizar, principalmente para evitar lesões na pele desses pacientes. “Atualmente o SUS já tem materiais mais modernos que evitam tantas lesões. Porque com as lesões, o paciente fica mais tempo internado, é mais sofrimento, é mais angustiante para ele, para quem cuida e para os familiares e sem falar que, ainda é mais gasto. Com os novos materiais melhora bastante tudo isso”, frisou.
Foto: Ascom/SES
Por: Ascom/SES