Todo mundo soluça, seja sempre ou raramente. Alguns acreditam que “engoliram” ar, mas na verdade o problema ocorre quando o diafragma, um músculo abdominal, se contrai involuntariamente.
A pediatra Ana Escobar e a gastroenterologista pediátrica Vera Lúcia Sdepanian, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) explica.
O soluço acontece quando o nervo frênico, motor do diafragma, envia um sinal de choque ao músculo, que puxa o pulmão para baixo e força a entrada de ar pela boca. Uma rajada a 120 quilômetros por hora “atropela” a glote e faz as cordas vocais vibrarem. É aí que sai o som. Esse ar chega até os pulmões e enche os alvéolos com pressão, o que às vezes causa dor.
Segundo a dra. Vera Lúcia, soluçar mais de dois dias deve ser um sinal de alerta – o normal é que esse seja um evento pontual e passageiro. E, de acordo com a dra. Ana, essa reação não é uma defesa do organismo, como a tosse ou o espirro, mas um espasmo que enche o pulmão de ar.
O álcool também pode provocar soluço, porque irrita o estômago e o esôfago, e tudo o que irrita ou distende o tubo digestivo desencadeia esse sintoma. O frio também pode contrair a musculatura do diafragma, principalmente em bebês e crianças. Amamentá-los e aquecê-los pode resolver a situação.
Fonte: Fonte: G1, em São Paulo