O deputado Rodrigo Maia (DEM) afirmou nesta segunda-feira, 7, em entrevista, que o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), e que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), limitam qualquer chance de impeachment de Jair Bolsonaro.
“O Mourão, como vice, e a importância do presidente [Bolsonaro] na candidatura de Arthur Lira limitam qualquer chance de processo de impeachment, apesar de o presidente estar extrapolando tanto todos os limites”.
O ex-presidente da Câmara avalia que Mourão não tem a confiança dos deputados, diferente de Michel Temer quando era vice de Dilma Rousseff. Já Lira é aliado de Bolsonaro, enquanto o presidente da Casa na época da abertura do impeachment, Eduardo Cunha, tinha rompido com a petista.
“Você tinha Temer vinculado à política e [Eduardo] Cunha, que operou o impeachment. Um impeachment desse, pelo que compreendi como deputado da planície, aquela operação foi toda construída pelo presidente da Câmara.”
Maia também disse que não se arrepende de não ter dado prosseguimento aos processos de impeachment contra Bolsonaro. Para ele, não havia clima político no país e a decisão fortaleceria a tese do presidente da República de que queriam “dar um golpe” no governo federal.
“Não me arrependo porque não tinha voto. Estando longe de 342 votos, tiraríamos o foco da pandemia e traríamos a narrativa de querer dar um golpe no governo dele [Bolsonaro].”
Ascom: O Antagonista