O missionário holandês, músico e militante social, Ben Strik, sensibilizou o público que compareceu ao seminário ‘Dialogando com os Movimentos Sociais e Direitos Humanos’, realizado pelo mandato da deputada Ana Lúcia (PT), na noite desta segunda-feira, 24, no Auditório da CUT.
A história de vida e vasta experiência de atuação política de Bem Strik serviram como base para as avaliações de conjuntura da realidade social brasileira e a atuação dos movimentos populares em todo o mundo.
Ben nasceu em 1923, na Holanda. Sua luta contra o nazismo custou dois anos num campo de concentração na Alemanha.
Depois se tornou sacerdote salesiano e em 1950 partiu para o Brasil, onde trabalhou até 1972 entre indígenas, jovens e camponeses.
Voltando à Holanda, casou-se e criou três fundações de ajuda ao Brasil.
Em Sergipe, na década de 70-80, esteve junto ao Bispo da Diocese de Propriá, Dom José Brandão de Castro, colaborando na defesa da luta pela terra por vários anos.
Foi missionário na região amazônica brasileira nos anos 50-60; foi solidário às lutas democráticas do povo brasileiro durante a Ditadura Militar, contribuindo, através de campanhas na Europa, para a organização popular no Brasil com a CUT, formação do PT, e Comunidades Eclesiais de Base.
Na palestra desta segunda-feira, Ben se mostrou atento aos preparativos para a realização da Copa de 2014, no Brasil.
Strik divulgou o trabalho realizado por várias entidades sociais organizadas no Comitê Popular da Copa.
Ele defendeu que o evento sirva de alavanca para resolver os problemas sociais do país, já que está previsto enorme investimento de recursos.
“O grito de independência ou morte só vai servir de verdade quando o Brasil parar de esconder sua pobreza e, ao invés disso, começar a mostrar a pobreza.
Este é o primeiro passo para resolver os problemas que concretamente existem no país”, apontou. Pelos anos de trabalho com a militância, seu vínculo com o Brasil é muito forte.
Fonte: Iracena Corso / Assessoria