O Ministério Público Eleitoral (MPE) ajuizou duas ações por abuso de poder nas eleições de 2018. Foram processados o governador reeleito Belivaldo Chagas (PSD) e deputado estadual mais votado nas eleições Talysson Barbosa Costa, o Talysson de Valmir (PR).
Belivaldo foi denunciado por abuso de poder político e econômico, acusado de usar a estrutura do Estado em sua campanha. É pedida a cassação dele e a inelegibilidade por oito anos, que se estende à vice eleita Eliane Aquino. No entanto, o MP não pediu a inelegibilidade de Eliane, por entender que ela não participou das condutas abusivas.
Segundo a procuradora Eunice Dantas Belivaldo Chagas usou de forma repetida a propaganda institucional e máquina administrativa para promover sua imagem. Ainda de acordo Eunice nas proximidades do período eleitoral, o governador assinou dezenas de ordens de serviços, em solenidades públicas em diversos municípios.
O governador teria utilizado inclusive o Programa ‘Mão Amiga’ com fins eleitorais, organizando cerimônias abertas perto do período eleitoral, para entrega de cartões e senhas aos beneficiários, sempre acompanhado de aliados e contando com publicidade ostensiva.
A procuradora disse ainda que as vésperas do pleito, em outubro, Belivaldo assinou medidas administrativas de apelo eleitoral, como a antecipação do 13º salário do servidor e decretos para reduzir o preço do gás de cozinha, além de facilitar as condições de parcelamento para dívidas com o Fisco.
Talysson de Valmir (PR) é denunciado por usar a Prefeitura de Itabaiana, que tem como prefeito o seu pai, Valmir de Francisquinho (PR). Contra ele foi pedida a cassação do mandato de deputado e inelegibilidade por oito anos. Também foram processados Valmir de Francisquinho e três pessoas suspeitas de participar das ações fraudulentas.
O Ministério Público Eleitoral acusa Talysson de ter um advogado trabalhando na campanha pago pela prefeitura de Itabaiana, e de ter usado veículos alugados por terceiros que não foram declarados na prestação de contas da campanha. Além de uma série de atos administrativos da administração usados para campanha eleitoral.