Uma senhora de 53 anos faleceu após aguardar atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) por mais de três horas na madrugada dessa quinta-feira, 15, no Bairro Industrial.
A família de Maria Santina dos Santos, que já havia sofrido um derrame e tinha problemas renais, entrou em contato com o Corpo de Bombeiros e foi orientada a pedir ajuda do Samu que chegou à casa da senhora por volta das seis da manhã, quando ela já havia morrido.
Maria dos Santos morava numa casa com o filho e a nora, Katilene da Silva.Na madrugada, Katilene levantou para amamentar a filha e percebeu que a sogra respirava com dificuldade. Ela tentou ajudar já que não tinha como ligar para o Samu, mas quando percebeu que não havia meios de salvá-la, recorreu a uma vizinha que fez a ligação para o Corpo de Bombeiros.
A família foi orientada a buscar ajuda do Samu, já que o Corpo de Bombeiros afirmou que não pode atender a esse tipo de chamado e a ligação foi realizada por volta das quatro da manhã. Célia Maria do Nascimento, vizinha da família que fez a chamada, relata que ao ligar para o Samu, recebeu a notícia de que não havia viaturas. “A mulher que me atendeu disse que só tinha dois carros que estavam atendendo a chamados de acidente”, conta.
A equipe médica chegou ao local de óbito da vítima depois das seis horas e constatou a morte. “Eles só fizeram medir o pulso e dizer que estava morta. Entregaram o número da funerária, desejaram os pêsames e saíram”, completa Célia Maria. ( ASSISTA O VIDEO LOGO ABAIXO)
Caso recorrente
Essa mesma família já havia sofrido com a falta de viaturas do Samu no começo do ano. No mês de março, uma filha do casal, que hoje tem um ano e oito meses de idade, sofreu queimaduras graves por causa de um princípio de incêndio na residência em que vivem. “O botijão de gás tinha acabado e fizemos um fogão com tijolos, eu saí para comprar tomates e deixei ela [a criança] com o pai. Quando voltei ele já estava com ela queimada nos braços”, conta Katilene da Silva.( ASSISTA O VIDEO DA CRIANÇA QUEIMADA , NO FINAL DESTA MATÉRIA )
Desesperados, os pais tentaram de forma incessante ligar para o Samu, mas a resposta de que não havia viaturas foi tudo o que conseguiram. A menina foi levada ao hospital no carro de vizinho e hoje passa por cirurgias de reparação. “Eu me sinto uma vítima do Samu.Nas duas vezes que precisei não fui socorrida”, lamenta Katilene.
Respostas do Samu
A coordenação da rede de urgência e emergência informou que os registros oficiais são de que a família contatou o Samu às 5h11 da manhã e que uma viatura foi enviada à residência às 5h30. Também foi explicado que não procede a informação de que só existem duas viaturas, de acordo com o órgão, hoje funcionam seis veículos de atendimento e duas unidades avançadas, mas que na madrugada de hoje, 15, houve duas baixas já que um funcionário estava doente e outro foi acidentado num atendimento, o que foi classificado pela coordenação como imprevistos comuns a qualquer ambiente de trabalho.
Segundo a coordenação dois chamados de acidentes no final da madrugada conturbaram ainda mais o plantão, um às 4h33 no bairro Orlando Dantas e outro às 5h na Farolândia. Por fim, foi explicado que a equipe médica agiu da maneira correta, já que não é função do Samu encaminhar corpos para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) no Parreira Horta. ( LEIA A MATÉRIA COMPLETA ATRAVÉS DESTE LINK)
Imagens:imprensa1.com
Texto: por Caio Guimarães e Raquel Almeida (www.infonet.com.br)
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