Foi deflagrada na manhã dessa terça-feira, 23, a segunda fase da Operação Viúva Negra. Nessa etapa da ação policial, foram presas Maria de Lourdes Santos Freitas e Ednalda Vieira Santos. Na primeira fase, que ocorreu em 12 de junho, foram cumpridos cinco mandados de prisão contra três executores e duas outras pessoas ligadas ao crime.
As sete prisões são decorrentes da ação criminosa que vitimou fatalmente Francisco Mário e provocou lesões graves em sua companheira, na madrugada do dia 30 de maio, no povoado Sapé, em Itaporanga D’Ajuda.
A ação policial contou com o apoio do Batalhão de Polícia de Radiopatrulha (BPRp), na primeira fase da operação, e da Divisão de Inteligência da Polícia Civil (Dipol).
Segundo o delegado Paulo Cristiano, quatro homens armados, com facas, invadiram a residência das vítimas e esfaquearam um casal, matando um homem e ferindo gravemente a companheira. Embora os executores tenham subtraído objetos e dinheiro, tentando disfarçar o intuito principal de matá-las, a Polícia Civil acabou afastando a hipótese de latrocínio.
“Apurou-se, no decorrer das investigações, que a motivação do crime teria sido o fato de Francisco Mário ter terminado um longo relacionamento que mantinha com Ednalda e, logo em seguida, ter se envolvido com uma mulher do mesmo povoado. Com a prisão dos suspeitos de executarem o crime, confirmou-se a principal linha de investigação, que se tratava de crime de mando”, destacou.
Ainda de acordo com o delegado, um dos investigados, Everton Justino, conhecido como “Betinho”, acabou confirmando que Ednalda não aceitava o fim do relacionamento. “Com a ajuda da sua irmã, Lourdes, contrataram-no para cometer o crime, com a promessa de que na casa haveria uma alta quantia em dinheiro, sendo essa a recompensa. Everton ficou encarregado pela organização do crime, sobretudo pela formação do grupo que executaria o plano”, frisou.
Na manhã da última terça-feira, 23 de junho, Ednalda e Lourdes, que negam qualquer participação no crime, foram presas na cidade de Aracaju e São Cristóvão, respectivamente, e encontram-se à disposição da Justiça sergipana.
“Em menos de um mês, conseguimos elucidar o crime, prender sete pessoas, possivelmente envolvidas, e a maioria já confessa a participação, além de recuperar objetos subtraídos durante a ação. Embora muito já se tenha apurado, as investigações continuam a fim de se confirmar ou se afastar o envolvimento de outras pessoas”, pontuou.
Fonte: https://www.ssp.se.gov.br/Noticias/Detalhes?idNoticia=15966