Tendo em vista a necessidade de cardápios informativos para pessoas que possuem algum tipo de restrição alimentar, na capital sergipana, o vereador Breno Garibalde elaborou o Projeto de Lei nº 27/2021, que dispõe sobre a obrigatoriedade de informar quanto à presença de açúcares refinados, lactose, glúten, proteína animal e seus derivados, nos alimentos preparados e servidos nos restaurantes, bares, lanchonetes e afins, no município de Aracaju.
O PL foi aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal de Aracaju em depois de sancionada pela prefeitura, a lei vai obrigar todos os estabelecimentos comerciais à dispor de informações essenciais nos cardápios, para consumidores que têm alimentação restrita, seja por ideologia ou necessidade. Os estabelecimentos comerciais deverão estar de acordo com a exigência, no prazo de 90 dias após esta lei entrar em vigor.
Segundo o parlamentar, que tem intolerância à lactose, ainda são poucos os restaurantes em Aracaju que possuem cardápios informativos. “A cada dia que passa, aumenta o número de pessoas com intolerâncias, alergias alimentares, ou que escolhem ter outro tipo de alimentação, seja por ideologia ou necessidade. Eu, por exemplo, tenho restrição alimentar e acho muito chato ficar perguntando se tem ou não tem leite ou derivados no alimento. Se tivesse esse tipo de informação no cardápio, seria muito mais fácil, mas estou com muita expectativa para que nosso projeto vire realidade e que os que os bares e restaurantes da nossa capital fiquem ainda mais atrativos”, ressaltou Breno Garibalde.
Vegetariana há mais de três anos, a jornalista Gilmara Costa também tem intolerância à lactose e enfrenta muitas dificuldades em muitos estabelecimentos da capital. Na visão dela, também é necessário que os restaurantes diferenciem pratos veganos e vegetarianos nos cardápios.
“Em muitos lugares, tem apenas o termo ‘veg’, e eu tenho que ficar sempre perguntando se tem ovo ou leite, porque se o prato for vegetariano, eu não posso consumir. Além disso, muitas vezes quando a gente pergunta, os garçons não são orientados sobre isso, por isso, essa lei municipal vai facilitar muito a vida de pessoas que têm alimentação restrita. Que ela entre logo em vigor!”, conclui Gilmara.
Por: Nayara Araújo/Ascom