Na manhã desta terça-feira, dia 27, a Polícia Federal (PF) deflagrou no sudoeste baiano e em dois municípios sergipanos a Operação Lanzarote” com o objetivo de combater fraudes em projetos do Ministério da Saúde a exemplo do “Projeto Glaucoma”.
Depois de um ano de investigação foram expedidos cinco mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva contra o sócio-administrador do Instituto Oftalmológico da Bahia (IOBA). Os mandados foram cumpridos nas cidades baianas de Guanambi e Brumado e em Sergipe, nas cidades de Itabaiana e Aracaju.
Um médico oftalmologista que mora no Bairro Jardins, foi detido e convidado a prestar esclarecimentos na sede da PF localizada na Avenida Augusto Franco ( antiga Avenida Rio de Janeiro) no Bairro Ponto Novo, zona sul da capital. Além disso, uma equipe da Policia Federal realizou busca e apreensão na Clinica pertencente ao referido médio que não teve o seu nome citado oficialmente.
Por: www.imprensa1.com
Fotos: Portal Imprensa1
ENTENDA A OPERAÇÃO
O Projeto Glaucoma é um programa do Governo Federal que consiste no cadastramento e contratação de instituições de saúde para o tratamento oftalmológico de pacientes com glaucoma, com o atendimento clínico e o fornecimento contínuo de medicação (colírios).
Após a instauração de Inquérito Policial, foi verificado que o Instituto Oftalmológico da Bahia (IOBA), clínica responsável pela implementação do Projeto Glaucoma em Guanambi, realizava mutirões de grandes dimensõesem diferentes locais improvisados, como salões paroquiais e câmaras de vereadores, o que ensejou que a clínica investigada recebesse repasses do Ministério da Saúde em quantidade superior à sua capacidade física instalada para atendimentos.
Foi constatado que o sócio-administrador do IOBA também exigia que seus subordinados (médicos, enfermeiras e técnicos) multiplicassem a quantidade de pacientes atendidos no Projeto e que fossem ministrados aos pacientes os colírios da linha 3, em lugar dos colírios das linhas 1 e 2, que são mais baratos. Os da linha 3 custam cerca de seis vezes mais que os da linha 1 e 70% a mais que os da linha 2.
Além disso, em virtude dos atendimentos em regime de mutirão, verificou-se a ocorrência de inúmeros casos de falsos diagnósticos de glaucoma, inclusive com a prescrição e utilização de colírios por pacientes, sem necessidade, por períodos de até dois anos. Segundo o Ministério da Saúde, no período de 2013 até maio de 2017, o IOBA recebeu R$ 9.418.632,99 relativos a atendimentos a pacientes em 31 municípios baianos.
Após a reunião das provas colhidas ao longo de mais de um ano de investigação, foram expedidos cinco mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, em desfavor do sócio-administrador do IOBA, que estão sendo cumpridos nas cidades de Guanambi e Brumado, na Bahia, e em Aracaju e Itabaiana, em Sergipe.
Com informações da PF da Bahia
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