O deputado estadual Iran Barbosa, do Psol, repudiou, na manhã desta quinta-feira, 26, na tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), a abordagem violenta de uma equipe de policiais rodoviários federais, em Umbaúba, que resultou na morte do operário Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos. Depois de ter sido imobilizado, ele foi submetido a uma verdadeira sessão de tortura, registrada por várias testemunhas, tendo sido colocado no porta-malas de uma viatura da PRF e obrigado a inalar grande quantidade de gás, numa espécie de “câmara de gás” improvisada, sufocando e vindo a óbito mais tarde.
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De acordo com parentes, Genivaldo sofria de transtornos mentais. O laudo do Instituto Médico Legal, divulgado nesta quinta-feira, aponta que a morte do operário foi provocada por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.
“Não poderia deixar de tratar deste fato, que estarreceu todo o estado de Sergipe e já é notícia nacional. Genivaldo foi simplesmente assassinado por operadores do Estado que deveriam estar ali para garantir segurança e cidadania, mas a ação terminou por levar ao extermínio de uma pessoa”, lamentou o parlamentar.
Ainda de acordo com Iran, que é membro da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Alese, infelizmente, o fato não é isolado, diante do aumento alarmante da letalidade de ações policiais registrado em todo o país.
“O Estado de exceção não pode ser tolerado. Nós temos assistido a fatos que têm sido recorrentes, onde o discurso oficial e de parte dos seus agentes tenta convencer a sociedade que para conter a violência e o crime é possível aplicar a pena de morte ou a tortura; ou que para conter violências que nem sempre são comprovadas, é possível restabelecer algo, tal qual assistimos no caso de ontem, como as câmaras de gás. Isso é um desdobramento de uma visão de violência que toma conta do Estado nacional, com repercussão aqui no nosso estado”, externou o psolista.
Por: Agência Alese/Ascom