O prefeito de Aquidabã, Francimario Rodrigues, se reúne na próxima segunda-feira com a Direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (SINDIJOR-SE) para formular denúncia contra uma empresa jornalística, por suposta prática de chantagem jornalística.
O prefeito admite ter provas contra um profissional que teria o procurado e feito propostas indecentes que ferem o Código de Ética do Jornalismo.
De acordo com o presidente do SINDIJOR-SE, Paulo Sousa, a documentação a ser entregue será analisada pela Diretoria do SINDIJOR, que poderá encaminhá-la à Comissão de Ética, a quem compete apurar a denúncia e, após a conclusão do processo ético, solicitar ao Ministério Público denúncia criminal contra o veículo ou o profissional do Jornalismo.
“O prefeito nos procurou para relatar uma chantagem que estaria sofrendo por uma empresa jornalística, mais precisamente uma emissora de rádio. Ele diz que a pessoa que o procurou em nome do programa e da empresa jornalística estaria tentando o subornar. Ou seja, o profissional ameaçava criticar e perseguir o prefeito no programa radiofônico caso ele não atendesse a proposta, o que nós classificamos de propina”, explica Paulo, salientando que a denúncia é grave e atenta contra o Código de Ética do Jornalismo.
“A depender do que seja apresentado pelo prefeito, considero a denúncia muito grave que deve ser avaliada com muita responsabilidade. O Código de Ética da profissão proíbe claramente o profissional se valer do Jornalismo para obter qualquer tipo de vantagem pessoal. E o veículo de comunicação tem a obrigação de produzir conteúdo jornalístico pautando pela veracidade”, conclui Paulo Sousa.
A Comissão de Ética Jornalística em Sergipe é composta pelos jornalistas Cristian Góes, Jairo Alves de Almeida e Miralda Santos, além de dois representantes da sociedade civil. Presidida por Cristian Góes, cabe à Comissão de Ética processar e julgar denúncias de transgressão ao Código de Ética do Jornalismo.
Em respeito ao próprio Código de Ética, o nome do profissional e da empresa jornalística serão preservados até que o SINDIJOR receba oficialmente a denúncia documental.