O cuidado com os olhos é essencial para evitar a perda da visão. A prevenção é a chave para a cura de várias doenças e como nesta terça-feira, 26, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, o alerta é para conscientizar a população em geral sobre a importância do diagnóstico precoce desta doença que é considerada silenciosa e que provoca a perda progressiva da visão, levando a cegueira quando não tratada precocemente.
No Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), nos quatro primeiros meses (janeiro a abril) deste ano, foram registrados 1.114 atendimentos no consultório do Oftalmologista, muitos com corpo estranho, conjuntivite, inflamação, coceira, ardência, terçol e até mesmo início de glaucoma.
A oftalmologista do hospital, Ana Cândida Bispo, diante das ocorrências que atende no Huse, ressalta a importância de procurar um especialista ao perceber qualquer alteração na visão e dor intensa e persistente nos olhos.
“Exames periódicos são importantes para evitar o glaucoma ou até mesmo acompanhar o nível da doença para quem já convive com ele, que é ocasionado pela elevação da pressão ocular, não tem cura e quando não tratada de forma correta pode levar a cegueira. Por isso é fundamental buscar ajuda de um especialista quando perceber qualquer alteração na visão, já que os sintomas aparecem na fase mais avançada. Aqui no Huse a gente atende só urgência, mas chegam casos com início de glaucoma e a gente faz um encaminhamento via ambulatorial”, enfatizou a oftalmologista.
Pacientes com alto grau de miopia, diabéticos, com mais de 40 anos, além de ter parentes portadores de glaucoma devem redobrar a atenção. O diagnóstico da doença é feito através de exames oftalmológicos e o tratamento vai desde a aplicação de colírios para baixar a pressão ocular, cirurgias e terapia a laser.
De acordo com projeções feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o glaucoma afetará 80 milhões de pessoas este ano (2020) e 111,5 milhões em 2040. A dona de casa Maria de Fátima Cardoso, 63, tem glaucoma e sabe dos riscos, por isso, faz acompanhamento constante com o oftalmologista para evitar que a doença se agrave.
“Convivo com o glaucoma há cerca de 12 anos e sou muito controlada, tenho medo de ficar cega já que a doença não tem cura. Faço uso de um colírio que ajuda bastante a controlar a pressão do meu olho e prevenir que a doença avance, além de ir periodicamente ao especialista”, ressaltou a dona de casa.
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Por: Maira Ribeiro [email protected]/ Ascom