Especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmam que parte dos pacientes recuperados da covid-19, em especial os casos mais graves que exigem internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pode ficar com algum tipo de sequela, mesmo que no curto prazo. As lesões podem atingir pulmão, cérebro e coração, ainda que não haja mais carga viral circulante no organismo.
De acordo com a Fiocruz, as infecções graves podem deixar um certo grau de fibrose pulmonar, da mesma forma que ocorre em outras pneumonias. Além disso, existem estudos sobre sequelas nos rins e sistema nervoso central. A maior parte dos casos evolui para uma melhora sem sequelas. A reabilitação dos recuperados da covid-19, segundo a Fundação, é longa e envolve profissionais de diversas especialidades, como pneumologistas, nutricionistas e fisioterapeutas.
Nestas situações, os pacientes precisam ser acompanhados por mais tempo para observação detalhada das possíveis lesões. Para isso, os aracajuanos que precisarem de assistência médica, no período pós-infecção, podem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS), coordenadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), exceto as oito que recebem pacientes com alguma síndrome gripal: UBS Augusto Franco; UBS Geraldo Magela; UBS Ministro Costa Cavalcante; UBS Fernando Sampaio; UBS Cândida Alves; UBS Eunice Barbosa; UBS José Machado de Souza; UBS Onésimo Pinto.
“Ele vai a uma unidade de saúde, marca sua consulta, o médico avalia e, a depender do tipo de problema, ele vai encaminhar para um especialista ou passar algum exame. A gente está retomando nossos atendimentos no Centro de Especialidades Médicas, e a rede está pronta para receber essas pessoas também, já que pode haver sequelas pulmonares, cardíacas, dentre outras”, afirma a assessora técnica da Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde da SMS, Ana Régia Andrade, ao ratificar que não existe um monitoramento específico dessas pessoas que ficaram com algum tipo de lesão, mas a orientação é que elas se dirijam às UBS, do bairro onde moram, para o devido acompanhamento.
Ana Régia faz questão de ressaltar que a doença ainda é muito nova e, por isso, suas consequências são desconhecidas. “A ciência ainda não sabe muita coisa sobre o coronavírus, inclusive se deixa mesmo sequela ou não, qual é o tipo, não existe nada desenhado para uma linha de cuidado. Então, a pessoa vai para uma UBS e, se precisar, é encaminhada para o Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar), no sentido de acompanhamento especializado. Estamos em conversa permanente com as equipes de Saúde da Família para que, justamente as pessoas que foram acometidas pela covid-19 não sejam desassistidas, para que a equipe acompanhe, mesmo que remotamente, e, se preciso for, faça atendimento em domicílio”, diz.
Prontuário eletrônico
Ana lembra que todo cidadão que é atendido numa UBS tem um Prontuário Eletrônico, o qual permite que todos os dados de atendimento do paciente, a exemplo de prescrição de medicamentos, exames e consultas, vacinação, dados epidemiológicos, doenças e visitas de agentes de saúde fiquem registrados e possam ser consultados em qualquer UBS ou hospitais da capital, melhorando, desta forma, o atendimento ao cidadão, além de permitir a construção de políticas públicas mais efetivas.
“Se a pessoa for referenciada para um médico do Cemar, esse médico vai ter a possibilidade de ver todo o histórico desse paciente, procedimentos que já fez, tipo de remédio que usa. A nossa rede é toda interligada para que o cidadão tenha uma maior assistência”, destaca a assessora técnica da Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde da SMS.
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Fonte: Tirzah Braga
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