O vice-prefeito de Aracaju, José Carlos Machado (PSDB) visitou na manhã desta segunda-feira, 11, a Unidade de Saúde da Família (USF), Antônio Alves, no Bairro Atalaia. Acompanhando do secretário da Saúde, Luciano Paz, Machado foi conferir os problemas da pasta que tem sido o maior entrave da gestão municipal.
Desde a semana passada, a comitiva tem percorrido alguns postos de saúde para ver de perto a demanda existente. “Já visitamos quatro unidades e vamos percorrer todas para elaborarmos um relatório para que possamos melhorar a qualidade da Saúde em Aracaju. Se houver disposição e criatividade dá para melhorar a situação, mas resolver definitivamente, nós não vamos”, afirmou Machado.
Sobre a falta de remédios em algumas unidades, uma das queixas mais frequentes da população, Machado afirma que é preciso notificar o responsável pela distribuição dos medicamentos para que não deixe faltar os remédios essenciais. “Se faltar, que ele comunique a diretora da unidade para pedir ao médico que prescreva um similar, enquanto ele soluciona o problema, porque pode faltar em uma unidade, mas na outra ter sobrando”, ressaltou.
“Temos que trabalhar como uma verdadeira equipe e estou animado acho que tem jeito e a disposição e o compromisso do prefeito é resolver essa situação. O prefeito vai instituir as Organizações Sociais (OSSs), nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), mas o posto de saúde é o atendimento primário. É o primeiro local que a população procura e precisamos melhorar”, disse.
Machado falou ainda sobre a crise da área da Saúde que atinge todo o País. “A crise é de recursos e de gestão. Definir recursos depende do governo federal e do aumento da arrecadação, mas a de gestão se resolve com criatividade e boa vontade. Percebo do servidor o máximo de boa vontade. Em todos os postos que tivemos tinha médico. Se um ou outro falta, é natural e o que deve ser feito é um levantamento para saber quantos atestados ele apresentou em 2012, 2013 e este ano. Se for anormal, entrega a uma comissão de inquérito para investigar o fato. Acredito na classe médica de Sergipe”, pontuou.
Marcação de exame
Outro grave problema na área está na espera pela marcação de exames. Segundo Machado, a rede municipal é pequena, mas pode-se buscar saídas para otimizar esse serviço. “Soube, não sei se é verdade, que a Universidade Tiradentes (Unit) dispõe de meios de realizar três mil exames diários e só executa a metade disso. Por que não fazermos parceria para atender o povo de Aracaju? O aparelho de tomógrafo parado de seis da noite às seis da manhã e por que não atender o usuário do SUS a um preço mais módico?”, completou.
Por Bruno Almeida
Fotos: Marcos Couto