Uma reunião na manhã dessa terça-feira (09) entre representantes do Município de Riachuelo, Petrobras e Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), discutiu as consequências à comunidade do vazamento do óleo no Rio Sergipe no último dia 25 de março. O principal ponto discutido foi a situação de pescadores e marisqueiras, que buscam orientações sobre o retorno das atividades.
O vazamento aconteceu em um duto da Petrobras que fica na localidade conhecida como “Estação do Coqueiro”, em Divina Pastora. Por ser próximo ao trajeto do rio, o óleo atingiu as margens e seguiu em direção à cidade de Riachuelo. Na região, cerca de 47 pessoas vivem da pesca e dizem ter sido prejudicadas por causa do incidente com o meio ambiente.
Várias ações foram feitas para conter o derramamento de óleo e neste período as atividades dos trabalhadores foram paralisadas “Foram mobilizadas 140 pessoas, mais a contratação de pequenas embarcações para vistoriamento. Além disso, instalamos várias barreiras para evitar que o óleo se espalhasse pelo rio, entre outras ações. Mas é bom deixar claro, que a quantidade de óleo foi mínima e a situação não chegou a se agravar, a ponto, de em nenhum momento, impedirmos a atividade da pesca aqui no município”, explicou o assessor técnico da Petrobras, Silvo Santos, que ficou à frente do Plano e Ação de Emergência.
Presente ao evento e representando os pescadores e as marisqueiras de Riachuelo, Cristiana Guimarães, afirmou que a mobilização assustou a comunidade e por isso, muitos deixaram de pescar durante o período. “Alguns chegaram a afirmar que foram orientados pela Petrobras a não realizar a pesca, mas, independente de terem sido informados ou não, muitos deixaram de pescar e a população também ficou receosa de consumir o pescado na feira local“, apontou, esperando uma atitude mais enérgica da empresa.
Representando a Secretaria Municipal de Assistência Social, Cristiana Gonzales, reforçou o argumento dos pescadores e disse que a gestão municipal buscou realizar a reunião justamente para esclarecer o que realmente aconteceu e a situação das pessoas envolvidas direta ou indiretamente com o incidente. “Sabemos e acompanhamos com a população o Plano de Ação e Emergência que foi feito para conter o óleo derramado no rio, mas a questão é que tal situação envolve essas pessoas, que tem na pesca sua fonte de renda”, esclareceu.
Os engenheiros da Adema, Benjamim Reis e Juliana Barreto afirmaram que acompanharam todo o procedimento feito pela Petrobras e que análises apontaram que, realmente, o vazamento não comprometeu a biodiversidade do Rio Sergipe e o que monitoramento da área continuará por mais seis meses. Uma nova reunião deve ser marcada entre os pescadores, marisqueiras e os técnicos da Petrobras.
O dia também contou com a presença dos vereadores Berg Hipólito, Helder de Pedão, Gil de Cacau, Gilton da Ligadura, do vice-prefeito Daniel Rezende, dos secretários de Governo Aldé Leite, Infraestrutura e Mio Ambiente, Paulo Henrique, Agricultura, Júlio Leite, além da engenheira Ambiental da Prefeitura, Aline.
Fonte: TDantas Comunicação/ASCOM PMR.